APRESENTADA "INSTRUÇÃO SOBRE OS INSTITUTOS SUPERIORES DE CIÊNCIAS RELIGIOSAS"
Cidade do Vaticano, 25 set (RV) - Foi apresentada esta manhã, na Sala de Imprensa
da Santa Sé, a "Instrução sobre os Institutos Superiores de Ciências Religiosas" da
Congregação para a Educação Católica. O documento, aprovado por Bento XVI em junho
passado, entrará em vigor a partir do ano acadêmico 2009-2010.
A coletiva de
apresentação do documento foi presidida pelo prefeito, secretário e vice-secretário
da Congregação para a Educação Católica, respectivamente Cardeal Zenon Grocholewski,
Dom Jean-Louis Bruguès, e Mons. Angelo Zani.
Entre as novidades introduzidas
pela nova "Instrução sobre os Institutos Superiores de Ciências Religiosas" destaca-se
a que prescreve que os institutos superiores de ciências religiosas estarão ligados
a uma Faculdade de Teologia e o percurso formativo terá a fórmula "3 + 2": o doutorado
breve, analogamente ao título emitido pelas faculdades teológicas, será chamado bacharelado
e com a complementação do ciclo de estudos, se obterá a licença.
O documento
propõe-se a promover uma justa distribuição no território, garantindo a qualidade
da oferta formativa. Estabelecem-se novos parâmetros para os institutos de ciências
religiosas, entre os quais o número mínimo de estudantes (ao menos 75 por instituto)
e de professores estáveis.
O número necessário dos professores estáveis deve
ser ao menos cinco. Outra novidade, aplicada também aos professores dos institutos
de ciências religiosas, é que eles não podem ser estáveis em outros institutos. A
nova norma prescreve que os professores dos institutos superiores de ciências religiosas
"devem sempre distinguir-se pela idoneidade científico-pedagógica, honestidade de
vida, integridade de doutrina e dedicação ao dever, para que possam contribuir eficazmente
para o alcance da finalidade própria do instituto".
O documento insere-se na
linha de uma das grandes intuições do Concílio Vaticano II: "a valorização do laicato".
Com o Concílio _ afirmou o prefeito da Congregação para a Educação Católica,
Cardeal Zenon Grocholewski _ se intensificou um vivo interesse pelo estudo da teologia
e de outras ciências sagradas, "para enriquecer com elas, a própria vida cristã e
ser capaz de dar razão da própria fé".
O purpurado fez votos de que estes
institutos possam contribuir eficazmente para aumentar a cultura religiosa dos fiéis.
E acrescentou...
"Isso não depende tanto do número desses institutos, mas especialmente
da sua qualidade e da sua capacidade de identificar adequadamente quais são as verdadeiras
necessidades dos fiéis às quais tais institutos são chamados a responder, a fim de
poderem fazer crescer realmente, em espírito e verdade, o Corpo Místico de Cristo."
Todos os batizados _ ressaltou o secretário da congregação, Dom Jean Louis-Bruguès
_ são chamados à santidade e essa vocação deve inserir-se na missão que a Igreja confia
a seus fiéis leigos. Essa missão é dúplice _ explicou Dom Louis-Bruguès: a primeira
é a de testemunhar o Evangelho no mundo e nos vários campos. A segunda fundamenta-se
no serviço dos leigos à Igreja e, em particular, no ensino dos leigos nas escolas
e universidades católicas. Para oferecer esse serviço nas melhores condições possíveis,
os leigos devem receber uma formação apropriada.
Na nota introdutória da Instrução
da Congregação para a Educação Católica lembra-se que os Institutos Superiores de
Ciências Religiosas têm a finalidade de promover a formação religiosa dos leigos e
das pessoas consagradas, para uma sua mais "consciente e ativa participação nas tarefas
de evangelização no mundo atual, favorecendo também a assunção de compromissos profissionais
na vida eclesial e na animação cristã da sociedade".
Os centros acadêmicos
eclesiásticos _ lê-se, por fim, no documento _ têm a finalidade de assegurar ao estudante
um conhecimento completo e orgânico de toda a teologia. Esse último tipo de formação
dirige-se, em particular, aos que se preparam ao sacerdócio. (PL)