2008-09-21 19:57:16

Apelo do Papa a prestar, sem demoras, assistência às populações afectadas pelos recentes ciclones em Cuba, Haiti, Republica Dominicana e Texas, nos Estados Unidos. O Papa convidou tambem a tomar medidas para concretizar os Objectivos do Milénio a pô-las em prática. Bento XVI falava depois do Angelus, em Albano, ocasião em que recordou também os doentes de Alzheimer e os seus familiares, e fez uma reflexão sobre a parábola da Vinha do Senhor, recordando que poder ser servidor de Cristo é já de per si uma recompensa inestimável


Terminada a missa em Albano, o Papa recitou aí mesmo a habitual oração mariana do Angelus, fazendo uma rica reflexão sobre a parábola da vinha do Senhor. Depois recordou os sofrimento de alguns países das Caraíbas, de modo particular Haiti, Cuba, a República Dominicana – e o Sul dos Estados Unidos – sobretudo o Texas – que foram duramente atingidos, nas semanas passadas, por violentos ciclones. Bento XVI assegurou-lhes a sua oração, mas não se limitou a isto….
“Desejo, além disso, que cheguem, sem demoras, os socorros às zonas mais prejudicadas. Queira o Senhor, que, pelo menos nestas circunstâncias, a solidariedade e a fraternidade prevaleçam sobre todas as outras razões”.
Ainda depois do Angelus, o Papa referiu-se também ao encontro de alto nível que vai ter lugar no próximo dia 25 em Nova Iorque, no âmbito da 63ª Assembleia Geral da ONU, para verificar a actuação dos objectivos do Milénio, fixados há oito anos atrás. E apelou mais uma vez a que se tomem medidas concretas para chegar a esses objectivos.
“Quero renovar o convite a fim de que se tomem e se apliquem com coragem as medidas necessárias para desenraizar a pobreza extrema, a fome, a ignorância e o flagelo das pandemias, que atingem sobretudo os mais vulneráveis. Um tal empenho, embora exigindo, neste momento de dificuldades económicas mundiais, particulares sacrifícios, não ficaá sem produzir importantes benefícios seja a nível das Nações que necessitam de ajuda do exterior, seja a nível da paz e do bem-estar de todo o planeta.”

Na reflexão antes do Angelus, Bento XVI, falou do Evangelho deste domingo que submete à nossa reflexão a parábola da vinha do Senhor. Começou por recordar que quando foi eleito Papa ele próprio se definiu um operário na vinha do Senhor.
E entrando nos meandros desta parábola em que os trabalhadores se põe a discutir, no fim do dia, se a paga é justa ou não, o Papa disse que o que está em causa é que ninguém fique desempregado, ser chamados a trabalhar na vinha do Senhor é já de per si uma recompensa, um prémio inestimável. Mas atenção:
“Só o pode compreender quem ama o Senhor e o seu Reino; quem, pelo contrário, trabalha unicamente pela paga não se dará nunca conta do valor deste inestimável tesouro”.
O Santo Padre disse depois que São Mateus, cuja festa litúrgica se comemora neste domingo, viveu em primeira pessoa esta experiência. De publicano, público pecador, que era tornou-se discípulo de Cristo, e de último que era passou a ser o primeiro, precisamente porque – recordou o Papa - os pensamentos e as vias do Senhor são diferentes dos nossos, e também porque Mateus soube colher imediatamente o convite do Senhor a trabalhar na sua vinha.
Também São Paulo, do qual estamos a celebrar o ano jubilar, experimentou a alegria de ser chamado a trabalhar na vinha do Senhor, ao ponto de afirmar: “ para mim viver é Cristo e morrer um ganho”. Ele compreendeu que ser operário para o Senhor é já nesta terra uma recompensa.
Por fim o Papa recordou a sua recente viagem a Lourdes, pedindo a Nossa Senhora que nos ajude a responder sempre positivamente à chamada do Senhor.

E das saudações do Papa aos peregrinos e fiéis do mundo inteiro em diversas línguas, realçamos as palavras em italiano, onde Bento XVI, para além dos jovens de Castel Gandolfo que têm hoje o primeiro torneio desportivo para a paz, referiu-se também à jornada Mundial da sanidade à doença de Alzheimer, exprimindo a sua espiritual proximidade às pessoas afectadas por esta doença e aos seus familiares.







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