Bagdá, 17 set (RV) - “Não é justo que os cristãos tenham milícias próprias”,
afirmou o porta-voz da Igreja caldéia do Iraque e bispo auxiliar de Bagdá, Dom Shlemon
Warduni ao criticar a decisão de alguns vilarejos cristãos, no norte do Iraque, de
criarem uma milícia para defenderem-se dos ataques de grupos integralistas afiliados
a Al- Qaeda.
“Este – disse dom Warduni à agência SIR (Serviço de Informação
Religiosa) – não é o caminho justo; as milícias são para a guerra. Nós somos contrários
ao uso de armas, a única resposta à violência é o diálogo e a paz. O Iraque tem necessidade
de paz e não de outras armas”. Para dom Warduni, é o Governo do Iraque que deve proteger
os cristãos que “continuam a sofrer violências e abusos apesar da situação ter registrado
uma pequena melhora”. “A estabilidade e a segurança – conclui – continuam sendo as
prioridades deste país”.
A agência SIR, na sua nota, recorda que “já outras
vezes no passado o bispo auxiliar da capital iraquiana havia invocado proteção para
toda a população, e não somente para os cristãos, por parte das instituições centrais
contra os atentados terroristas dos extremistas e a violência sectária”. (SP)