PAPA EM PARIS: "SER ANTI-SEMITA É SER ANTICRISTÃO"
Paris, 13 set (RV) - Antes do encontro com o mundo da cultura, Bento XVI recebeu
brevemente representantes da comunidade judaica, na Nunciatura Apostólica.
Em
sua saudação, o pontífice recordou que cristãos e judeus, por causa daquilo que os
une e daquilo que os separa, têm uma fraternidade a ser fortificada e a ser vivida.
“E sabemos que os laços de fraternidade constituem um contínuo convite a conhecer-se
melhor e a respeitar-se”, disse.
Por sua própria natureza, a Igreja Católica
se sente empenhada a respeitar a Aliança selada pelo Deus de Abraão, de Isaac e Jacó.
Espiritualmente, como disse o Papa Pio XI, “nós somos semitas”. Por isso, afirma o
papa, a Igreja se opõe a toda forma de anti-semitismo, para a qual não existe nenhuma
justificação teológica aceitável. Como afirmava o teólogo Henri de Lubac, ser anti-semita
significa ser também anticristão.
Mais uma vez, disse o papa, sinto o dever
de homenagear todos aqueles que morreram injustamente e todos aqueles que trabalharam
para que os nomes das vítimas permanecessem presentes na lembrança. “Deus não esquece!”,
disse Bento XVI. (BF)