IGREJA RECORDA HOJE A MEMÓRIA DA BEM-AVENTURADA MADRE TERESA DE CALCUTÁ
Cidade do Vaticano, 05 set (RV) - A Igreja recorda hoje a memória da bem-aventurada
Madre Teresa de Calcutá, falecida no dia 5 de setembro, há onze anos atrás, aos 87
anos de idade, deixando em todo o mundo, com a ajuda de suas Missionárias da Caridade
e de todos aqueles que a ajudavam a realizar seu apostolado de caridade, sinais indeléveis
de amor e de ajuda aos deserdados da sorte.
Neste dia em que recordamos Madre
Teresa, vozes de toda a Índia e do mundo se elevam e se cruzam, para implorar o fim
das violências contra os cristãos que, justamente na Índia, vêm sendo massacrados,
no estado de Orissa, e para invocar a paz, a tolerância entre as pessoas e o respeito
aos diversos credos existentes. Nesse contexto, uma pergunta surge espontânea: o que
diria Madre Teresa, que oração teria saído de seus lábios e que gesto teria feito
para acompanhar essa invocação uníssona para a sua Índia? Certamente o habitual concentrado
de sabedoria espiritual...
"O fruto do silêncio é a oração. O fruto da oração
é a fé. O fruto da fé é o amor. O fruto do amor é a paz."
A paz é o fruto
do amor. E jamais houve uma confirmação tão segura desse fato, do que a nascida naqueles
antros de desespero e degradação humana que são as "favelas" de Calcutá e de todo
o mundo, transformadas por Madre Teresa e suas Missionárias da Caridade em "focos
de alegria". Mas a regra do amor é universal e, portanto, não existe âmbito ou ambiente
em que não possa ser aplicada. Mesmo nas relações entre pessoas de credos diferentes,
como por exemplo, entre os cristãos e os hinduístas. "O homem é irracional, ilógico
e egocêntrico? Não importa: ama-o!" _ diria Madre Teresa. "O que construíste, pode
ser destruído? Não importa: constrói!" _ acrescentaria ela, dirigindo-se aos católicos
que vivem e atuam na Índia, para permanecer fiéis ao Evangelho. "As pessoas que ajudaste
talvez não te sejam gratas? Não importa! Ajuda-as!" Não existe argumento humano capaz
de resistir à desconcertante razão do amor.
Mas onde começa o amor? _ poderia
perguntar-se um cristão da Índia ou de qualquer outro lugar do mundo... E Madre Teresa
lhe responderia...
"Onde inicia o amor? Na nossa família! Como inicia? Rezando
juntos. A família que reza unida, permanece unida. E se as pessoas permanecem juntas,
amam-se umas às outras como Jesus nos ama a todos." (AF)