BISPOS ASIÁTICOS AFIRMAM QUE MIGRAÇÃO HOJE É SINAL DE POBREZA
Manila, 05 set (RV) - Acolher e ajudar os migrantes promovendo adequadas políticas
sociais: esses foram os objetivos que emergiram de um congresso que reuniu 40 expoentes
eclesiásticos de 18 Conferências Episcopais asiáticas na capital filipina, Manila,
no final de agosto. O encontro foi promovido pela Comissão Católica Internacional
para a Imigração (Icmc), com sede em Genebra (Suíça).
Para o presidente dos
bispos filipinos, Dom Angel N. Lagdameo, as Igrejas na Ásia devem encontrar um denominador
comum para a questão da imigração, fornecer respostas que sejam capazes de ajudar
os migrantes e enfrentarem as problemáticas da vida do dia-a-dia e guiar os governos
na elaboração de políticas de assistência social.
O prelado reiterou que as
Igrejas locais devem compartilhar perspectivas e soluções para tentar resolver o problema
da imigração e condenou políticos e governantes que encorajam o fenômeno somente interessados
em um “retorno financeiro”.
Segundo um relatório da ONU sobre os migrantes,
há mais de 22 milhões de trabalhadores estrangeiros na Ásia e 50 milhões de asiáticos
espalhados em todo o mundo à procura de um emprego ou já empregados.
Já o
secretário-geral da Conferência dos Bispos da Ásia (Fabc), Dom Orlando B. Quevedo,
afirmou que o fenômeno da migração não representa um “luxo” das sociedades modernas,
mas é um sinal evidente de sua “pobreza” e destaca os efeitos negativos sobre os núcleos
familiares.
Durante o evento, reiterou-se a “grande” oportunidade de evangelizar,
que está estreitamente relacionada ao fenômeno da emigração – “uma possibilidade que
deve aproximar os migrantes da Igreja, e a Igreja dos migrantes”. (BF)