CARDEAL RENATO MARTINO: CRISTÃOS NÃO FIQUEM INDIFERENTES DIANTE DAS DISCRIMINAÇÕES CONTRA CIGANOS

Freising, 1º set (RV) - Abriu-se esta segunda-feira em Freising, no sul da Alemanha, o VI Congresso Mundial da Pastoral para os Ciganos, promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para Migrantes e Itinerantes, em colaboração com a Conferência Episcopal Alemã.

No centro do Congresso, que se concluirá na próxima quinta-feira, dia 4, se encontra o aprofundamento do tema "Os jovens Ciganos na Igreja e na sociedade". Os trabalhos do dia de hoje se caracterizaram pela mensagem do Cardeal Renato Raffaele Martino e pelo discurso do Arcebispo Agostino Marchetto, respectivamente, presidente e secretário do referido organismo vaticano, promotor do evento.

"Diante das situações de discriminação e de indiferença," da qual são vítimas muitos ciganos, a "Igreja não pode ficar indiferente": foi a exortação do Cardeal Martino, contida na mensagem de boas-vindas ao Congresso de Freising, lida pelo Arcebispo Marchetto.

A Igreja _ prossegue a mensagem _ "convida todos os homens e, sobretudo, os cristãos, a assumirem as suas responsabilidades, tanto no serviço à sociedade quanto no compromisso político, a fim de assegurar o pleno respeito da dignidade e dos direitos de todo ser humano".

Uma tarefa _ lê-se _ que cabe em primeiro lugar aos governos e aos organismos internacionais. "Não raramente _ constata o Cardeal Martino _ assistimos a uma certa inflexibilidade e atitudes ambíguas de governos que não podemos deixar de deplorar."

Os Estados _ exorta o presidente de Justiça e Paz _ devem garantir um desenvolvimento não somente econômico, mas integral da pessoa. E convida os governos a "apoiaram as entidades educacionais e de agregação cigana", às suas escolas e associações, "onde no respeito pelas normas e pelos regulamentos de convivência civil, se desenvolve uma personalidade equilibrada e responsável" e nas quais nascem "sujeitos idôneos a participar plenamente da vida da comunidade".

O purpurado pede aos meios de comunicação que "ofereçam à sociedade uma imagem verdadeira da minoria cigana, em suas várias expressões, que ajudará a erradicar das mentes e dos corações das pessoas, preconceitos e marginalizações contra ela". (RL)