Castel Gandolfo, 25 ago (RV) - Ontem à tarde, na Sala dos Suíços, na Residência
Apostólica de Castel Gandolfo, o Papa foi homenageado com um concerto de violoncelo
e piano, por dois músicos que executaram a “Viagem de Inverno”, obra composta pelo
austríaco Franz Schubert. Ao término do concerto, o Papa tomou a palavra para agradecer
aos músicos e para cumprimentar os presentes. E acrescentou:
Quando Schubert
insere um texto poético no seu universo sonoro, o interpreta com um entrelaçamento
melódico, que penetra na alma com doçura... Com esta sua obra “viagem de inverno”,
o jovem Schubert , espontâneo e exuberante, conseguiu comunicar, também a nós, nesta
noite, o que ele viveu e experimentou.
Logo, concluiu o Papa, é bem merecido
o reconhecimento tributado, universalmente, a este gênio da música, que honra a civilização
européia e a grande cultura e espiritualidade da Áustria cristã e católica.
Na
sua obra, frisa Bento XVI, Schubert exprime uma intensa atmosfera de solidão, causada
pelo seu estado de prostração, decorrente de uma longa enfermidade e de uma série
de não poucas decepções sentimentais e profissionais. Trata-se de uma viagem toda
interior, que o célebre compositor austríaco escreveu em 1827, um ano antes da sua
prematura morte, com apenas 31 anos de idade. (MT)