Bissau, 21 ago (RV) - As autoridades de Guiné-Bissau estão preocupadas com
a propagação de uma epidemia de cólera que já deixou 51 mortos e contaminou duas mil
e 200 pessoas. Uma fonte do Ministério da Saúde informou segunda-feira, à imprensa,
que devem ser tomadas medidas urgentes de prevenção, “porque o hospital Simão Mendes
de Bissau já não tem camas nem alimentos para os pacientes da cólera”.
De acordo
com fontes da ONU, 600 mil dólares foram destinados para ajudar a Guiné-Bissau a erradicar
esta epidemia, que assola o país desde maio passado.
“O contágio assumiu proporções
alarmantes e não conseguimos detê-lo sozinhos” – dizem as autoridades. Os estoques
de vacinas e bolsas para a re-hidratação praticamente terminaram. O governo denunciou
ontem a negligência da população em relação ao respeito das normas de higiene. O ministério
da saúde recrutou cerca de 200 jovens para uma campanha de informação de casa em casa,
nos vários bairros de Bissau.
Todas as cerimônias públicas foram suspensas
e os poços e mercados da capital estão sendo desinfetados para tentar limitar a difusão
da epidemia. (CM)