Fátima, 13 ago (RV) - Está se realizando nestes dias em Fátima a peregrinação
anual do Migrante e do Refugiado, com a participação de milhares de emigrantes portugueses
e de estrangeiros residentes em Portugal. Expoentes da Igreja católica local vêem
nesta peregrinação a prova de que a “fé cristã derruba muros e abate fronteiras” e
tem uma capacidade de união. Este ano, a peregrinação ocorre após acontecimentos
que envolveram imigrantes brasileiros no assalto ao BES, uma agência bancária em Lisboa.
O presidente da Comissão Episcopal portuguesa da Mobilidade Humana, D. Antônio Vitalino,
destacou que este acontecimento não pode constituir a ocasião de crescimento de “sentimentos
xenófobos” em relação aos imigrantes que estão em Portugal. “Eu sempre tenho muito
medo, essencialmente da opinião que é feita na rua, que não é controlada, e das pessoas
que sofrem na pele com isso”, afirmou na coletiva de imprensa que antecedeu o início
da peregrinação internacional de Fátima.
O presidente da Comissão Episcopal
portuguesa da Mobilidade Humana mostrou-se igualmente preocupado com o “impacto” da
situaçãol e sublinhou que “o bem e o mal estão espalhados por todo o mundo”. (PL)