2008-08-08 15:31:34

A China, centro do mundo, durante 17 dias


(8/8/2008) Com a realização da cerimónia de abertura da 29.ª Olimpíada, a China será o centro do mundo durante 17 dias, e espera que a partir de hoje se fale apenas de desporto.
Os Jogos de Pequim constituem a locomotiva da versão moderna do Grande Salto em Frente e um factor de orgulho patriótico. Contudo, se organizar tal evento significa a melhor montra para o mundo espreitar e comprovar o desenvolvimento económico da nação, também implica a possibilidade de expor as suas debilidades.
A organização não deixou nada ao acaso. Além dos perigos habituais, a obsessão pela segurança está relacionada com o receio de existência de protestos. A China sofreu fortes críticas nos últimos meses por causa do seu historial nos direitos humanos, que continuam na ordem do dia. Na terça-feira, as autoridades chinesas revogaram o visto do americano Joey Cheek, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Inverno de Turim e fundador do Team Darfur, uma associação de atletas que pretende chamar a atenção para o problema daquele país africano.
A China pede para não se politizar os Jogos. "É nossa esperança juntarmo-nos ao resto do mundo na construção de um futuro melhor", disse há poucos dias o Presidente chinês, Hu Jintao. Demasiado tarde. Ainda ontem, mais de 120 atletas, 40 dos quais estão em Pequim, assinaram uma carta aberta dirigida ao Governo chinês, pedindo-lhe para respeitar os direitos humanos.








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