(7/8/2008) Um golpe militar acabou, esta quarta-feira, com o Governo da Mauritânia.
Vários generais destituídos dos seus postos encabeçaram uma revolta contra Sidi Cheikh
Abdallahi. Reagindo ao golpe de Estado, a União Africana exigiu o rápido “restabelecimento
da legalidade constitucional” na Mauritânia, recordando o seu envolvimento “no processo
de transição notável que conduziu à criação de instituições democráticas no país em
Maio de 2007”.
Também o comissário europeu para o Desenvolvimento, Louis
Michel, condenou a intentona: “Esta situação põe em risco a nossa política de cooperação
com a Mauritânia, no âmbito da qual acordamos com o Governo um programa de apoio de
156 milhões de euros para o período de 2008-2013, em complemento à ajuda já em curso”.
Louis
Michel espera, por isso, um regresso à normalidade e “manifesta o desejo de que tanto
o Presidente como o primeiro-ministro sejam rapidamente libertados e regressem às
suas funções.” O terceiro golpe de Estado desde a independência da Mauritânia,
em 1960, corta por completo o caminho empreendido por este país do Magrebe para a
consolidação democrática. Desde que Abdallahi chegou ao poder, a Mauritância era um
modelo democrático no mundo árabe.