Cidade de Panamá, 01 ago (RV) - O Setor de Mobilidade Humana do CELAM, Conselho
Episcopal Latino-americano, prepara-se para realizar o Encontro Latino-americano sobre
o comércio de pessoas, de 5 a 8 de agosto em cidade de Panamá. O encontro tem como
objetivo contribuir à formação de agentes de pastoral para atuar em três dimensões:
prevenção, incidência, atenção às vítimas do comércio e tráfico de pessoas.
O
comércio de pessoas é um fenômeno muito antigo que somente nas últimas duas décadas
vem lentamente tornando-se público. Sua concepção e definição é muito recente. Estamos
diante de um problema antigo com um nome novo.
No século XIX se fazia referência
ao Tráfico de Brancas, para definir o comércio de mulheres brancas, européias e americanas
que eram raptadas para servir como prostitutas ou concubinas geralmente em países
árabes, africanos ou asiáticos.
Posteriormente, o comércio de mulheres se estende
para outros continentes e raças, deixando em desuso tal definição que resulta antiquada
e fora de contexto hoje em dia, apesar de utilizada para referir-se a este flagelo,
conhecido também como a “Escravidão do Século XXI”.
Atualmente, pessoas provenientes
da América Latina, Caribe, África, Ásia e Europa do Leste são deslocadas de um lugar
para outro, com o engano, violência ou ameaça, para submetê-las a trabalhos em condições
difíceis. Muitas dessas pessoas são abusadas, tratadas como escravas ou forçadas a
trabalho por uma mínima remuneração. Estima-se que hoje em dia em todo o mundo entre
600 e 800 mil pessãos são vítimas dessa forma moderna de escravidão. 80% são mulheres
e jovens. (SP)