Cidade do Vaticano, 23 jul (RV) - Ao regressar de Madri, na Espanha, o presidente
do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean-Louis Tauran,
fez um balanço ao jornal "L'Osservatore Romano" do Congresso Internacional promovido
pelo rei saudita Addullah Bin Al Saud.
O Congresso se concluiu, no dia 18,
com a publicação de um documento intitulado "Declaração de Madri", no qual se expressa
o desejo de prosseguir no caminho do diálogo inter-religioso e garantir a liberdade
religiosa.
Do Congresso, o cardeal destaca a imagem do Islã que deve ser promovida,
ou seja, de que se trata de uma religião de paz, e não de uma filosofia terrorista.
"Quem usa o Islã para motivar o terrorismo atua uma perversão da religião. Todos os
muçulmanos o reconhecem, menos uma minoria", afirma.
Sobre o diálogo inter-religioso
em si, o Card. Tauran identificou a atitude que deve ser evitada. Para ele, nunca
se deve dar a impressão de que, no fundo, todas as religiões se pareçam ou sejam mais
ou menos a mesma coisa. "Cada religião tem a sua especificidade", recorda.
Para
ele, o diálogo inter-religioso deve ser norteado pelo princípio "não faça ao outro
aquilo que não quer que seja feito a você". (BF)