DMJ: LÍDERES ABORÍGENES SERÃO OS PRIMEIROS A SAUDAR BENTO XVI NA FESTA DE ACOLHIMENTO
Sydney, 16 jul (RV) - A mídia australiana tem falado muito, nestes dias, do
encontro dos representantes dos aborígenes com o papa. E justamente os chefes anciãos
da população indígena local acolherão Bento XVI amanhã, no porto de Rose Bay, com
cantos e danças tradicionais de sua cultura. Ali o pontífice subirá a bordo da embarcação
“Sydney 2000” para depois chegar até os jovens do Dia Mundial da Juventude, no porto
de Barangaroo. A Rádio Vaticano ouviu o Pe. Eugenio Zurias, que há um ano é pároco
da paróquia dos aborígenes em Kutjungka, no deserto da Austrália ocidental. Eis o
que disse:
Pe. Eugenio Zurias:- “É uma cultura totalmente diferente.
No início decidimos aprender a vida aborígene, procuramos aprender a língua e estar
com eles nos momentos difíceis. É uma sociedade, muitas vezes, sem esperança. Pouco
tempo atrás tivemos o suicídio de um garoto de 13 anos. Nós estamos ali, procurando
estar perto deles, embora ainda com meios muito limitados. Estamos ali com eles para
evangelizar. E eles viram que a Igreja é a única que os ama como são.”
P.
Quais dificuldades existem concretamente no anúncio do Evangelho aos aborígenes? Pe.
Eugenio Zurias:- “Por ora os aborígenes não falam o inglês muito bem e mesmo se
são católicos permanece um grande abismo que devemos buscar preencher. Há um grande
trabalho a ser feito.”
P. A seu ver os aborígenes estão integrados na realidade
australiana? Pe. Eugenio Zurias:- “A meu ver não. Foi dado um primeiro
passo: o primeiro-ministro pediu perdão pelos erros do passado. Mas a meu ver ainda
é longo o caminho para buscar que os aborígenes se integrem na vida australiana.”
(RL)