DMJ: JOVENS INDIANOS ABANDONAM DELEGAÇÃO ANTES DE CHEGAR À AUSTRÁLIA
Sydney, 16 jul (RV) – Nem tudo é festa entre os jovens inscritos para participar
do Dia Mundial da Juventude de Sydney.
A delegação indiana informou que 39
jovens não chegaram à cidade. Dos 220 inscritos, alguns indianos aproveitaram a escala
na Nova Zelândia para se separar do grupo. Eles receberam o visto por um mês, mas
não se apresentaram às famílias que lhes ofereceram abrigo. Para o padre jesuíta Cedric
Prakash, "este episódio abala o prestígio da delegação indiana no DMJ".
O
departamento neozelandês está trabalhando em colaboração com a Igreja Católica local
para tentar encontrar os jovens. Antes de abandonar a delegação, eles deixaram suas
malas nos centros de acolhimento sem levar algum documento de identificação.
A
porta-voz da Igreja na Nova Zelândia, Lyndsay Freear, afirmou que se trata de um fato
"extraordinário e grave" e que a Igreja não tem nenhum envolvimento com a fuga dos
jovens. Ela faz votos de que o "gesto isolado de um pequeno grupo" não acabe por ofuscar
as razões do encontro e a felicidade demonstrada por milhares de jovens.
E
ainda não acabou a odisséia dos jovens iraquianos. Depois da dificuldade para obter
o visto, os jovens ainda não chegaram à Austrália. Eles estão em Cingapura, devido
ao cancelamento do vôo que os levaria a Sydney.
O padre caldeu Rayan P. Atto
expressou sua desilusão com o cancelamento do vôo e não sabe se o grupo poderá prosseguir:
"Deveríamos ser os últimos a chegar a Sydney, mas parece que seremos os ausentes.
É realmente uma pena e não nos resta que esperar".
Já em Sydney, as atividades
são muitas à espera do encontro com Bento XVI.
Esta manhã, tiveram início as
catequeses em várias línguas dos bispos que acompanham os grupos de seus países. Também
teve início hoje o Festival da Juventude, um evento para discutir os principais temas
da atualidade, como o desenvolvimento sustentável, o meio ambiente, a sexualidade,
a justiça social e o diálogo inter-religioso.
A programação prevê um fórum
com o arcebispo de Viena, Cardeal Christoph Schonborn, sobre criação e evolução; uma
mesa-redonda sobre sexualidade com o teólogo Christopher West; e um debate sobre o
diálogo inter-religioso com o núncio apostólico no Egito, Dom Michael Fitzgerald,
o mufti Patel e o rabino Knoll.
O Festival prevê ainda 450 mostras, concertos
e debates: os mais seguidos pelos jovens são aqueles sobre a mulher, os Objetivos
do Milênio e o tráfico de seres humanos. (BF)