2008-07-15 12:55:02

Inaugurada em Sidney pelo cardeal Pell a Jornada Mundial da Juventude 2008. Bento XVi associar-se-á às celebrações a partir de quinta-feira


Um multidão de jovens reunidos na cidade australiana de Sidney para a Missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude 2008, a meio da tarde desta terça-feira, era manhã cedo na Europa e na África. A cerimónia, presidida pelo Cardeal George Pell, arcebispo local, foi marcada pela atenção dada às comunidades aborígenes, com danças tradicionais em diversos momentos da celebração.
Após uma procissão com as bandeiras de todos os países presentes na JMJ, os principais símbolos da iniciativa – a cruz das Jornadas e o ícone de Maria – chegaram a Barangaroo após uma peregrinação de 12 meses na Austrália. Jovens aborígenes cantaram uma música tradicional de boas-vindas.
Ecrãs gigantes ao longo da Cidade permitiram aos habitantes de Sidney acompanhar a celebração, onde foi sempre visível a internacionalidade do acontecimento, com leituras em diversas línguas, incluindo o português. 26 Cardeais, 400 Bispos e cerca de 4 mil padres deram vida, juntamente com dezenas de milhares de jovens, a uma das maiores celebrações da história da Austrália. A organização do evento espera que, no final desta semana, aquando das celebrações presididas pelo Papa, estejam no país peregrinos de quase 200 nações de todo o mundo.

Na sua homilia, o Cardeal Pell partiu da imagem evangélica do “Bom pastor” e da “ovelha perdida”, frisando que a mensagem de Cristo se dirige a todos, “em especial aos que não têm religião”. O Arcebispo de Sidney convidou os presentes a estarem “sempre abertos” ao Espírito Santo, na linha do que tem sido a preparação para a JMJ 2008, sempre dedicada à reflexão sobre a terceira pessoa da Trindade.
D. George Pell pediu aos jovens para não se deixarem dominar pelo conformismo: “Não passeis a vida sem tomar posição, pensando que é melhor não escolher, porque é dando atenção aos compromissos assumidos que podereis viver em plenitude”.
“A chamada do Deus único e verdadeiro parece misteriosa, especialmente hoje em dia, quando muitas pessoas acham difícil ter fé” – observou o cardeal Pell. “Mesmo no tempo dos profetas, muitos dos seus ouvintes pareciam surdos e cegos, enquanto algumas outras épocas souberam admirar a beleza da doutrina de Cristo, embora sem se mobilizarem, tantas vezes, para responderem à sua chamada”.
“A nossa tarefa é estarmos abertos ao poder do Espírito, e permitirmos que o Deus do inesperado actue através de nós”. “Qualquer que seja a nossa situação, rezemos pedindo uma abertura de coração para estarmos dispostos a dar o primeiro passo, ainda que tenhamos medo de arriscar. Se tomarmos a mão de Deus, Ele fará o resto. Confiar – eis a chave. Deus não nos deixará ficar mal.”

A celebração misturou o Gregoriano com cânticos e danças tradicionais aborígenes – após a Comunhão, um grupo de peregrinos Maori cantou uma apresentação de acção de graças, em nome dos povos nativos da Nova Zelândia. Na apresentação das ofertas, os jovens representavam os cinco Continentes.
Os peregrinos rezaram pela “unidade da Igreja”, pelas “nações atingidas pela praga da guerra e do medo”, pelos que vivem “na pobreza material ou espiritual” e pelos que perderam a vida por causa da sua fé em Jesus.









All the contents on this site are copyrighted ©.