EM SYDNEY, BISPO DE MARÍLIA FALA DA EXPECTATIVA PARA O EVENTO. OUÇA
Sydney, 12 jul (RV) - Enquanto o Papa se dirige à Austrália, o correspondente
da Rádio Vaticano, Roberto Piermarini, entrevistou o bispo de Marília (SP), Dom Osvaldo
Giuntini, um dos vários bispos brasileiros que está participando do DMJ. Dom Osvaldo
nos fala primeiramente de sua expectativa em relação a este encontro de jovens com
o Papa:
DOM OSVALDO
A Austrália
é um país muito distante do Brasil e a viagem aérea tem custos elevados. Como os jovens
brasileiros reuniram recursos para participar deste importante evento eclesial?
DOM OSVALDO
A Igreja na
Austrália, que está hospedando nestes dias os jovens do mundo inteiro, é jovem e tem
uma presença importante na vida social e pública no país. Os cristãos representam
a maioria, segundo os dados da Conferência Episcopal australiana; os católicos são
27,60% numa população de quase 21 milhões de habitantes.
A Igreja na Austrália
conta 33 dioceses, 1.390 paróquias, 65 bispos e mais de 3.100 sacerdotes, 2.200 religiosos,
quase 6.950 religiosas e cerca de 8.200 catequistas.
Trata-se de uma Igreja
muito ativa no campo social e educacional, como hospitais, escolas católicas, asilos
para idosos, orfanatos, creches, centros de reinserção e de consultas para famílias
e a proteção da vida.
O número de católicos na Austrália está em aumento,
especialmente entre as comunidades indígenas. Segundo dados da Conferência Episcopal
local de 2006, atualmente mais de 100 mil indígenas são católicos, quase 7% a mais
que em 2001. Hoje, o catolicismo é a confissão cristã que tem mais seguidores entre
os povos aborígines, especialmente nos territórios de Nova Gales do Sul.
A
Conferência Episcopal Australiana é presidida atualmente por Dom Philip Wilson, arcebispo
de Adelaide, e o vice-presidente é Dom Barry Hickey, arcebispo de Perth.
Enquanto
Sydney acolhe os milhares de jovens, provenientes de todos os continentes, vamos ouvir
o que cardeal-arcebispo desta cidade, Dom George Pell, nos fala sobre a organização
do evento em geral:
“Parece-me que a organização desse evento foi muito parecida
com as outras. A diferença, talvez, consiste no fato de que recebemos uma grande ajuda
do governo, tanto federal quanto estadual para a realização deste importante evento.
Somos cerca de 5 milhões de católicos e sem essa ajuda não teria sido possível organizar
este mega encontro. Outra contribuição preciosa, não material mas mais espiritual,
é dada pelos Movimentos eclesiais que, aqui, não são tão numerosos como em outros
países. Alguns, como os Neocatecumenais, a Comunidade Emanuel e a de Santo Egídio
dão grande testemunho de fé, não só nas grandes cidades, mas nas regiões mais internas
do país. Entretanto, o Espírito continua a soprar por todas as partes e, certamente,
produzirá muitos frutos. Muito contribuirá também o tema central do DMJ: “Recebereis
a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós; e sereis minhas testemunhas”. (MT)