(30/6/2008) Portugal volta a enviar mais voluntários missionários este Verão, para
trabalhar em projectos de cooperação para o desenvolvimento, sobretudo em países lusófonos.
283 leigos portugueses partem para missões que vão de um mês a dois anos. Os números
foram divulgados esta Segunda-feira pela Fundação Evangelização e Culturas (FEC),
entidade que funciona como plataforma do Voluntariado Missionário no nosso país. A
maioria dos voluntários dedica-se a tempos de missão de um a dois meses, privilegiando
o período do Verão e optando por oferecer o seu tempo de férias a uma causa missionária.
Por outro lado, são 63 aqueles que partem com compromissos de um a dois anos em missão
voluntária. As raparigas ocupam 68% no "ranking" total de 2008, apesar de tudo,
uma quebra ligeira em relação aos 73% do ano passado e aos 77% de 2006. Moçambique
é o país que recebe mais voluntários este ano. Um total de 121 pessoas parte para
apoiar projectos neste país. Segue-se Angola, que acolhe 72 voluntários com vontade
de colaborar na reconstrução deste país. Embora os Países de Expressão Oficial
Portuguesa sejam os habituais destinos de eleição, surgem outras colaborações, como
é o caso do Burundi, da República Centro-Africana e da Zâmbia. Outro dado hoje
revelado é que muitos destes voluntários estão a repetir a experiência. Uma percentagem
de 22% das pessoas que tiveram a experiência de partir em Missão quiseram voltar a
fazê-lo. Desde 2003 que a FEC reúne os dados que contribuem para as estatísticas
desta realidade que se tem vindo a consolidar ao longo dos últimos 20 anos. Os leigos
inserem-se em projectos de assistência, promoção social e evangelização. As áreas
de trabalho são quase sempre as mesmas: a saúde, a educação e a evangelização, que
é a parte principal. As motivações, essas, estão na vontade de ajudar o outro e na
fé de cada um. Esta é uma opção de serviço em ligação com as Igrejas Locais, apoiando
o trabalho que os missionários já realizam. Os voluntários são levados pelo desejo
de partir, ao encontro de outros povos, outras culturas, e de apoiar o desenvolvimento
de populações carentes a muitos níveis.