2008-06-28 20:04:49

APRENDER DE PAULO A FÉ E A VERDADE NAS QUAIS ESTÃO RADICADAS AS RAZÕES DA UNIDADE DOS DISCÍPULOS DE CRISTO: A ABERTURA DO ANO PAULINO


Cidade do Vaticano, 28 jun (RV) - O Santo Padre, com a participação do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, abriu o ano jubilar dedicado a São Paulo, nos 2000 anos do seu nascimento, iniciativa que fora anunciada há precisamente um ano por Bento XVI. O “Ano Paulino” estende-se até 29 de junho de 2009, procurando dar a conhecer uma das figuras mais importantes no nascimento e expansão do Cristianismo.

A cerimônia de abertura foi presidida pelo papa, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na qual foi aberta uma “Porta Paulina” (simétrica à Porta Santa), dando assim início às peregrinações a locais escolhidos (12 em Roma) e foi acesa a Chama Paulina que arderá ao longo de todo o ano.

Na sua homilia, o papa deu destaque à figura de Paulo como “Mestre dos Gentios”, palavra que se abre ao futuro, a todos os povos e a todas as gerações; Paulo, disse Bento XVI, não é para nós uma figura do passado, que lembramos com veneração, mas é também o nosso mestre, apóstolo e anunciador de Cristo também para nós”.

Paulo quer falar conosco hoje, frisou Bento XVI e por isto “eu quis convocar este Ano Paulino especial: para ouvi-lo e para aprender agora dele, como nosso mestre, a fé e a verdade nas quais estão radicadas as razões da unidade dos discípulos de Cristo. “Nesta perspectiva – explicou o Pontífice – eu quis acender, para este bimilenário do nascimento do Apóstolo, uma especial «Chama Paulina» que permanecerá acesa durante todo o ano... Para dar solenidade a este evento inaugurei a chamada “Porta Paulina” pela qual entrei na Basílica acompanhado pelo Patriarca de Constantinopla, pelo cardeal Arcipreste e por outras autoridades religiosas”.

Falando de Paulo como homem combativo, que sabe manejar a espada da palavra, o papa frisou o que o prpóprio Apóstolo diz na carta aos Tessalonicenses: “Ousamos pregar-vos o Evangelho de Deus em meio de muita contradição, mas nunca usamos de adulação, nem fomos levados por interesse algum”. “A verdade – ponderou o papa - era para ele grande demais para estar disposto a sacrificá-la em vista de um sucesso externo”.

O Santo Padre falou também da relação entre amor e liberdade, entendendo a liberdade não como livre arbítrio, como possibilidade de fazer o que se quer, mas de agir segundo a verdade.

“A Igreja, disse Bento XVI, não é uma associação que quer promover uma determinada causa. Nela não se trata de uma causa, mas da pessoa de Jesus Cristo, que mesmo depois de ressuscitado permanece sendo “carne” e está pessoalmente presente na sua Igreja como “chefe e corpo” dado por nós no mistério eucarístico.

Também o patriarca Bartolomeu I pronunciou uma breve homilia na qual destacou que a “a conversão radical e o querigma apostólico de Saulo de Tarso sacudiram a história no sentido literal do termo e esculpiram a própria identidade cristã”: fazendo o conúbio entre língua grega e mentalidade romana do seu tempo – destacou Bartolomeu I – Paulo despojou a cristandade, de uma vez por todas, de toda limitação mental, e forjou para sempre o fundamento católico da Igreja ecumênica”. (PL)







All the contents on this site are copyrighted ©.