Bento XVI agradece ao Cardeal Camilo Ruini pela mentalidade missionário que, como
seu Vigário para a diocese de Roma, deu á Igreja.
(27/6/2008) Nesta sexta feira, na Sala Clementina do Palácio Apostólico do Vaticano
teve lugar um encontro de despedida do Cardeal Camilo Ruini do cargo di Vigário do
Papa para a diocese de Roma. Perante os Bispos auxiliares, os párocos das varias
prefeituras, dos representantes das varias realidades diocesanas e da comunidade de
trabalho do Vicariato de Roma, Bento XVI quis manifestar uma vez mais ao cardeal Ruini,
o seu reconhecimento e agradecimento. Começou por recordar João Paulo II, gigante
da fé e da missão da Igreja, que guiou o Povo de Deus para a meta histórica do ano
dois mil e através do Grande Jubileu a introduziu no terceiro milénio da era cristã. Colaborando
estreitamente com ele - salientou o Papa – fomos arrastados pela sua excepcional força
espiritual, enraizada na oração, na união profunda com o Senhor Jesus Cristo e na
intimidade filial com Sua Mãe Santíssima. O carisma missionário do Papa João Paulo
II teve, como é justo, um influxo determinante no período do seu pontificado, em particular
no tempo de preparação para o Jubileu do ano dois mil; e isto pode verificar-se directamente
na Diocese de Roma, a Diocese do Papa, graças ao empenho constante do Cardeal Vigário
e dos seus colaboradores. A este propósito Bento XVI recordou a “missão citadina
de Roma”, os chamados “diálogos na Catedral”, expressão de uma igreja que no próprio
momento em que ia tomando maior consciência da sua identidade diocesana e assumia
progressivamente a fisionomia, abria-se com decisão a uma mentalidade missionária
e a um estilo coerente com ela, mentalidade e estilo destinados a não durar apenas
o tempo de uma estação, mas, como foi reafirmado várias vezes, a tornarem-se permanentes.
Um aspecto importante promovido pelo cardeal Ruini aqui em Roma e a nível nacional,
como Presidente da conferencia episcopal italiana. Por isso o Papa quis agradecer-lhe
de maneira particular salientando que a solicitude por esta missão foi acompanhada
e sustentada por uma excelente capacidade de reflexão teológica e filosófica que o
Cardeal Ruini manifestou e exerceu desde os anos juvenis.