2008-06-22 13:58:00

Antes do Angelus dominical Bento XVI fala do temor de Deus que nos salva dos medos humanos. O Papa rezou pelas vitimas do naufrágio nas Filipinas. Recordou a abertura no próximo sábado do Ano Paulino, o encerramento hoje do congresso eucarístico internacional de Quebeque, e uma beatificação no Líbano com votos de que este país possa progredir para uma paz estável


(22/6/2008) Perante o amplo e diversificado panorama dos medos humanos, a Palavra de Deus é clara: quem teme Deus não tem medo. Foi o que afirmou Bento XVI antes da recitação da oração mariana do Angelus com os cerca de 30 mil fiéis congregados ao meio dia na Praça de São Pedro, convidando-os a reflectir sobre a diferença que existe entre os medos humanos e o temor de Deus.
O medo – recordou - é uma dimensão natural da vida. Desde pequenos experimentamos formas de medo que se revelam depois imaginárias e desaparecem; outras emergem sucessivamente tendo fundamento na realidade; estes devem ser enfrentados e superados com o empenho humano e com a confiança em Deus. Mas existe depois, sobretudo hoje, uma forma de medo mais profunda, de tipo existencial, que ás vezes desemboca na angústia: nasce de um sentido de vazio, ligados a uma certa cultura embebida de um difuso niilismo teórico e pratico.
O Papa recordou que o temor de Deus que as Escrituras definem como o principio da verdadeira sapiência, coincide com a fé nele, com o respeito sagrado pela sua autoridade sobre a vida e sobre o mundo. Não possuir o temor de Deus equivale – explicou Bento XVI - a colocar-se no seu lugar, sentir-se o dono do bem e do mal, da vida e da morte. Pelo contrário, quem teme a Deus adverte em si a segurança que tem a criança nos braços de sua mãe: quem teme a Deus está tranquilo mesmo no meio das tempestades, porque Deus, como Jesus nos revelou, é Pai cheio de misericórdia e de bondade. Quem o ama não tem medo. O crente – concluiu o Papa – não se assusta diante de nada, porque sabe que está nas mãos de Deus, sabe que o mal e o irracional não têm a ultima palavra , mas o único Senhor do mundo e da vida é Cristo, o Verbo de Deus incarnado, que nos amou ao ponto de sacrificar-se a si mesmo morrendo na cruz para a nossa salvação.
-Antes das saudações nas várias línguas o Santo Padre quis recordar as vitimas do naufrágio de um ferry que transportava mais de 700 passageiros: naufrágio causado pelo tufão "Fengshen" nas Filipinas. O Papa disse que soube com viva emoção da noticia do naufrágio. E manifestou a sua proximidade ás populações das ilhas atravessadas pelo tufão e explicou ter rezado pelas vitimas desta tragedia, entre as quais se encontram também crianças.
Bento XVI referiu-se também ao bimilenário de nascimento do Apóstolo Paulo que nos preparamos para celebrar com um especial ano jubilar. O Papa fez votos de que este grande acontecimento espiritual e pastoral possa suscitar também em nós uma renovada confiança em Jesus Cristo que nos chama a anunciar e testemunhar o seu Evangelho, sem temer nada. E dirigiu o convite a todos para que se preparem para celebrar com fé o ano Paulino que se Deus quiser inaugurará solenemente sábado próximo na Basílica de São Paulo fora de muros, com a liturgia das primeiras Vésperas da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo
Desde já confiamos esta grande iniciativa eclesial á intercessão de São Paulo e de Maria Santíssima, Rainha dos Apóstolos e Mãe de Cristo, fonte da nossa alegria e da nossa paz.
-Bento XVI recordou depois que hoje em Beirute, a capital do Líbano é beatificado Yaaqub da Ghazir Haddad, um sacerdote da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas da Cruz do Líbano. Manifestando as suas felicitações ás suas filhas espirituais, o Papa fez votos de que a intercessão do beato Abuna Yaaqub, unida aquela dos Santos libaneses, obtenha para aquele amado e martirizado País, que já sofreu demasiado, progredir finalmente para uma paz estável.
Bento XVI recordou ainda que neste Domingo, em Quebeque, no Canadá se encerrará o 49 congresso eucarístico internacional sobre o tema “a Eucaristia dom de Deus para a vida do mundo”. Possais cada dia estar cada vez mais próximos de Cristo, realmente presente na Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã, foram os votos formulados pelo Papa.








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