2008-06-21 13:26:01


Santa Sé reforça diálogo com o mundo da cultura. Darwin, Galileu, Islão, economia ou arte contemporânea são apostas para o futuro


(21/6/2008) O presidente do Conselho Pontifício para a Cultura (CPC), D. Gianfranco Ravasi, destacou em Fátima a vontade da Santa Sé de reforçar o diálogo com o mundo da cultura e da ciência, dando como exemplo um Congresso Internacional sobre a Criação, que irá decorrer em 2009, ano do 200.º aniversário do nascimento de Darwin e do 150.º da sua obra a “Evolução das espécies”.
Falando nas IV Jornadas Pastorais da Cultura, frisou que as apostas do CPC passam, entre outras, pela relação entre ciência e fé (teologia, filosofia cristã), “campo no qual já organizámos uma estrutura muito importante que tem relações com as grandes universidades dos EUA e que no próximo ano entrará em campo com uma série de iniciativas”, com destaque para o já citado Congresso Internacional, com uma duração prevista de cinco dias e com a presença confirmada de 3 prémios Nobel.
Também o processo contra Galileu irá ser ocasião para a promoção de iniciativas internacionais sobre a ciência e a sua relação com a fé.
D. Gianfranco Ravasi falou também da atenção do CPC em relação ao tema das ciências humanas, com destaque para a Economia, porque “há um forte movimento, entre os economistas, para superar a concepção da economia apenas como técnica financeira, monetária”, mas também como ciência humanística.
A economia, disse o membro da Cúria Romana, deve ser a “lei da casa do mundo, no qual há nações emergentes, mas também nações pobres; há globalização, mas também o ressurgimento dos nacionalismos”, frisando a importância de falar ainda de “glocalização”.
Num último ponto, o presidente do CPC destacou o diálogo com a arte contemporânea, na qual, disse, se perdeu em muitos casos a importância da beleza e do significado de cada obra.
Por isso, lembrou aos presentes a sua proposta de marcar presença, no próximo ano, com um pavilhão da Santa Sé na Bienal de Arte de Veneza. Antes disso, assegurou D. Ravasi, irá convidar ao Vaticano “cinco ou seis artistas de grande nível” para um diálogo aprofundado, que considera existir já com a arquitectura – citando mesmo o caso de Siza Vieira -, mas que falta no mundo das imagens ou na música.








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