2008-06-20 16:55:00

Banalidade e inconsistência de propostas culturais. Em Fátima, O Arcebispo Gianfranco Ravasi, defende que a Igreja Católica deve desafiar o mundo contemporâneo


(20/6/2008) D. Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, defendeu hoje que a Igreja Católica deve desafiar o mundo contemporâneo com a sua presença e a sua mensagem, lamentando a banalidade e inconsistência de muitas propostas culturais.
“O homem de hoje é indiferente, superficial, contenta-se com modas, respostas banais”, referiu, na sessão de abertura das IV Jornadas da Pastoral da Cultura, a decorrer em Fátima.
Este responsável apelou a uma utilização das artes como forma de transmitir a fé”, principalmente num momento da história em que a Europa perdeu a sua herança cristã ao optar por uma discurso pós-modernista.
Depois de afirmar que a Bíblia é um guia “também para a cultura, mesmo a laica, não crente”, mas por maioria de razão para “a cultura religiosa”, o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura assinalou que “quando há inquietude, isso significa que o homem se interroga, pede o significado da vida”.
Nesse contexto, D. Ravasi falou da “necessidade de voltar à Palavra de Deus em duas dimensões: a que consola e a que atormenta, que não deixa na indiferença”.
O Arcebispo italiano apresentou uma reflexão em volta do “tríptico teológico fé, amor, esperança” a partir de passagens e símbolos da Bíblia. Para D. Ravasi, existe uma “idolatria contemporânea” que é a “perda do amor”, a ilusão de “comprar o amor com o dinheiro”.
A quarta edição das Jornadas da Pastoral Cultura foi dedicada ao tema “Portugal, de novo”, prosseguindo esta tarde com intervenções de D. Manuel Clemente (Bispo do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais) e Rui Ramos (Historiador).
No programa está igualmente incluído o Acto de Entrega do Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes 2008 a Maria Helena Rocha Pereira.
O encontro iniciou-se com o lançamento do documento «Do tempo livre à libertação do tempo», que sintetiza as reflexões produzidas pelos Referentes da Pastoral da Cultura e por várias personalidades dessa área ao longo das anteriores edições das Jornadas.








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