2008-06-20 13:33:28

ARCEBISPO AMATO AFIRMA QUE O RÁDIO É O "PÚLPITO MODERNO"


Cidade do Vaticano, 20 jun (RV) - O primeiro congresso mundial de rádios católicas que teve início ontem na Universidade Urbaniana, nas proximidades do Vaticano contou com a participação do arcebispo Angelo Amato, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, o qual se referiu ao rádio como “púlpito moderno” e apresentou o microfone como o “ambão” do século XXI. Dom Amato, salesiano, reconhece que apesar do grande uso da televisão, “a rádio conserva ainda toda sua força e sua utilidade”.

Para o secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, “Jesus se apresenta como um grande mestre de comunicação da palavra”, quando outros fundadores de religiões dedicaram toda a vida para ensinar seus seguidores, Jesus precisou apenas de três anos: “A Jesus foram suficientes três anos para educar os discípulos não só para escutar suas palavras, mas sobretudo para viver com Ele e para Ele”.

A rádio é um “moderno púlpito da Palavra de Deus”, segundo o arcebispo italiano. Escutar a Palavra de Deus, não só na assembléia litúrgica e na catequese, mas também na cotidianidade da vida através do rádio é uma “forma de comunicação privilegiada da Palavra”.

“A vantagem do rádio vem do espaço de liberdade que deixa a quem escuta, que vem capturado não tanto pela obrigação da escuta como pela fascinação da palavra”, explicou no congresso organizado pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais. A comunicação teria que ser “clara, feita com profissionalismo e com o testemunho de uma existência coerente com a mensagem evangélica”.

Para Dom Amato, de certa forma, a palavra que se escuta faz “ver” a realidade, no sentido que “a evoca, interpelando a inteligência, suscitando emoções, provocando ou também confirmando a fé na palavra de Deus”.

“O microfone de uma rádio católica pode ser considerado como a versão moderna do ambão”, um ambão que não está no centro de uma grande basílica, mas no centro de uma comunidade humana à qual chega. “Trata-se de uma autêntica e própria espiritualidade da escuta” à qual deveria corresponder uma “espiritualidade da comunicação”, alenta o secretário da Congregação para a Doutrina da Fé. (SP)







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