D. CLAUDIO CELLI: "RÁDIO TEM IMPORTÂNCIA EXCEPCIONAL PARA A EVANGELIZAÇÃO"

Cidade do Vaticano, 18 jun (RV) - Vai realizar-se em Roma, a partir de amanhã, dia 19, até sábado próximo, o Congresso Mundial das Rádios Católicas, promovido pelo Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, sobre o tema "A identidade e a missão das rádios católicas hoje. Do pensamento sobre o homem a uma informação a serviço da pessoa".

O congresso realiza-se na Pontifícia Universidade Urbaniana e contará a participação de 60 emissoras católicas de 44 países dos cinco continentes. A conferência de introdução será feita pelo presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, D. Claudio Maria Celli, que falará da missão do organismo que ele preside.

Em entrevista à Rádio Vaticano, D. Claudio Celli definiu a missão da rádio católica, valendo-se de um discurso de João Paulo II aos representantes da Rádio Vaticano em 1980:

D. Claudio Celli:- "O Papa ressaltava que este instrumento tem importância excepcional para a evangelização, para a comunhão eclesial, para a compreensão e a solidariedade entre os povos. João Paulo II dirigia-se à Rádio Vaticano, mas penso que hoje, digo hoje!, estas mesmas palavras podem aplicar-se a toda rádio católica no mundo."

Passando para as estatísticas, D. Celli disse que a América Latina conta cerca de 3.000 rádios católicas, número que na África desce para apenas 150 e que operam num contexto político difícil, pois alguns governos não aceitam a atividade de uma rádio confessional.

Mas mesmo onde não existem rádios católicas propriamente ditas, ressaltou o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, a Igreja utiliza rádios privadas ou mesmo as próprias rádios nacionais durante algumas horas do dia, e as Igrejas locais utilizam o tempo colocado à disposição para transmitir a mensagem.

Perguntado, em particular, sobre a missão da Rádio Vaticano, D. Celli respondeu:

D. Claudio Celli:- "No mesmo discurso de 1980, João Paulo II reafirmava que através da Rádio se edifica cada dia a Igreja. Penso que é este o grande instrumento que a Rádio Vaticano oferece ao papa porque, para além das massas que se reúnem em torno a ele, há sempre multidões invisíveis que sintonizam para receber a palavra do papa e ouvir a sua própria voz. Acho que é esta a grande riqueza da Rádio Vaticano, e a esperança é que esta missão possa exercer-se cada vez mais eficazmente, também no mundo de hoje." (PL)