ABERTA EM ZARAGOZA EXPO2008. SANTA SÉ PRESENTE COM PAVILHÃO "ÁGUA, HINO À VIDA"
Zaragoza, 14 jun (RV) - O rei da Espanha, Juan Carlos I, inaugurou ontem à
noite a Exposição Internacional 2008 de Zaragoza, norte da Espanha, evento que nos
próximos três meses pretende divulgar uma nova cultura da água e seus problemas entre
os mais de 6 milhões de visitantes esperados.
“A água fala sem cessar e nunca
se repete”, afirmou o Rei no Palácio de Congressos citando em seu discurso o verso
do escritor mexicano Octavio Paz.
A Exposição Internacional 2008 tem como tema
“A água e o desenvolvimento sustentável”. Os reis da Espanha e o presidente do
governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero receberam como convidados especiais
do evento os presidentes mexicano, Felipe Calderón, o português Anibal Cavaco Silva,
e o da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso. A mostra reúne mais de 300
especialistas, no fórum Tribuna da Água, que discutirá as soluções globais para os
problemas da água visando a obter um compromisso dos governos de todo mundo em relação
ao tema.
A Santa Sé participa da Exposição Internacional de Zaragoza com um
pavilhão dedicado à importância da água como “hino à vida”.
"A Santa Sé contribui
para a Expo 2008 de Zaragoza com um pavilhão voltado para uma reflexão da dupla dimensão
da água: a divina e a humana", explicou o cardeal Renato Martino ao apresentar a iniciativa,
semanas atrás, no Vaticano.
A exposição internacional pretende ser um grande
fórum de debates, que dê origem a iniciativas globais para o crescente problema da
escassez da água.
"Se o tema da exposição fosse outro, a Santa Sé poderia não
participar, mas a água e o desenvolvimento sustentável pressupõem um desafio que influenciam
diretamente o desenvolvimento do homem”, disse o cardeal. “A água simboliza a vida
concebida por Deus para a natureza e os homens. Os textos cristãos estão repletos
de alusões à água como fonte da vida”, explicou.
O pavilhão, desenhado pelo
arquiteto Joaquín Sicilia Carnicer, estará distribuído em 550 metros quadrados e seu
acesso será através de um “bosque pluvial” para que o visitante consiga refletir sobre
a água 'como parte da Criação' e sobre seu papel no mundo, em um ambiente suave e
com formas translúcidas. (CM)