(13/6/2008) A Exposição Internacional de 2008, inaugurada hoje na cidade espanhola
de Saragoça, permitirá conhecer as profundas diferenças sociais e económicas que separam
os 105 países participantes e reconhecer as fronteiras “insustentáveis” do mundo.
Entre 14 de Junho e 14 de Setembro, a Expo2008, orçada em mil milhões de euros
e com uma área de 25 hectares, deverá receber a visita de 6,5 milhões de pessoas.
Sob o lema «Água e Desenvolvimento Sustentável», países dos cinco continentes
mostrarão a relação dos seus cidadãos com um recurso tão necessário para a vida como
a água, de cuja escassez sofrem milhões de pessoas. Todos os que, a partir de dia
14, visitarem a exposição, poderão “passear” por um recanto de Portugal, Alemanha,
China, Argélia, Grécia, Uruguai, Índia, Jamaica, Malásia, Panamá, Cuba, Dinamarca,
Itália, Polónia, Iémen, Mónaco, Cabo Verde ou Mauritânia. Esta diversidade cultural
deverá ser visitada por inúmeros chefes de governo ou presidentes da república, como
Cavaco Silva, que marcará presença hoje e amanhã, a convite do rei de Espanha, Juan
Carlos. Apesar dos esforços da organização, não marcarão presença no evento países
importantes como os EUA, Canadá, Israel, Austrália ou Reino Unido – nações que poderiam
protagonizar o momento de partilhar estratégias e soluções globais sobre a gestão
de um recurso como a água. Em contrapartida, a Europa, continente líder em sustentabilidade,
está representada com muitos países, o mesmo acontecendo com os estados do Golfo
Pérsico, com muito petróleo e pouca água. Outros, como a Holanda, irão explicar como
fazer face à abundância, e os países da América Latina e Médio Oriente falarão da
sua luta permanente contra as secas e as cheias.