GOVERNO QUER SEPARAÇÃO IGREJA-ESTADO EM LIECHTENSTEIN
Cidade do Vaticano, 12 jun (RV) - O governo de Liechtenstein tem intenção de
separar a Igreja do Estado. O projeto de reforma, que tramita desde ontem, prevê que
os católicos romanos, que representam 80% da população do Principado, percam seu status
de Igreja nacional.
Em 1997, a criação de uma arquidiocese para 27 mil católicos
de Liechtenstein reforçou a necessidade desta separação – segundo o governo. Também
o príncipe Hans-Adam II, seu filho herdeiro Alois e o arcebispo de Vaduz, dom Wolfgang
Haas, se pronunciaram a favor da reforma. O elemento central do projeto trata
a modificação na constituição que prevê que as Igrejas católico-romana, evangélica
e luterana sejam reconhecidas como comunidades de direito público. Outras comunidades
poderão também solicitar o reconhecimento. Uma lei específica determinará a questão
do ensinamento da religião nas escolas públicas.
Em nível econômico, os contribuintes
de Liechtenstein decidirão se destinar 3% de seu imposto de renda a uma comunidade
religiosa ou a uma obra social, cultural ou humanitário. As negociações sobre a reforma
devem durar cinco anos. Se até lá não for alcançado um acordo, será o tribunal administrativo
a decidir. (CM)