2008-06-12 19:47:59

BISPOS MEXICANOS DENUNCIAM CRISE ALIMENTAR QUE AFETA O PAÍS


Cidade do México, 12 jun (RV) - A crise alimentar que afeta o mundo repercutiu duramente no México, que apesar de ser um país agrícola, nos últimos anos aumentou a sua dependência do mercado estadunidense, deixando na pobreza a maioria da população.

Diante da ameaça desta crise, vários bispos do país lançaram um alerta pela falta de solidariedade para com os pobres e a necessidade de eliminar a corrupção a fim de que os alimentos sejam bem distribuídos no México.

“Como devemos agir, nós católicos, que nos dizemos cristãos, diante de um problema que atinge os nossos irmãos mais pobres, que a cada dia encontram dificuldades cada vez maiores para levar às suas casas um pouco de alimento”, ressaltou Dom Lázaro Pérez Jiménez, bispo de Celaya, numa nota intitulada “Dêem a eles o que comer”.

O prelado sublinhou que “o problema da fome sempre existiu e se manifestou como flagelo que ameaçou vários países do mundo ao longo da história”, “mas o que causa verdadeira dor e escândalo, ressaltou o bispo, é saber que o problema real não se deve à incapacidade de produzir alimentos suficientes, mas à falta de equidade em sua distribuição e ao comportamento voraz daqueles que se aproveitam da situação para monopolizar e encarecer os alimentos, essenciais para a pessoa viver”.

Já o arcebispo de Antequera-Oaxaca, Dom Chávez Botello, destacou que “a crise alimentar exige que se volte o olhar para as áreas rurais a fim de corrigir os erros cometidos no passado por causa da irresponsabilidade social, corrupção, aplicação ineficaz de programas e a ambição de muitas pessoas.

O arcebispo de Acapulco, Dom Felipe Aguirre Franco, afirmou num comunicado que, “apesar de se tratar de um fenômeno de dimensão mundial, primeiramente é preciso identificar o que torna o México mais vulnerável nessa crise alimentar, a fim de enfrentá-la distribuindo as responsabilidades”.

“A crise alimentar, conclui o arcebispo, exige prudência na administração dos próprios recursos e sermos solidários para com os mais pobres. Todos nós somos co-responsáveis de algum modo para que não falte a ninguém o alimento para viver”, finalizou o prelado. (MJ) 







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