Repartir melhor os bens da terra, segundo o principio de solidariedade planetária
, em virtude de uma precisa obrigação de justiça
(10/6/2008) Para o dirigente cristão empenhado nas realidades sociais, económicas
e politicas, é prioritário, essencial e irrenunciável a constante e convicta referencia
á doutrina social da Igreja com a sua paixão pelo homem e pelo bem comum e com os
seus princípios de destinação universal dos bens, subsidiariedade e solidariedade.
Sublinhou o Presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino,
intervindo na Semana Social dos católicos argentinos em Mar de la Plata. No âmbito
do tema geral dos contributos para uma dirigencia empenhada na justa distribuição
dos bens, o purpurado deteve-se sob o perfil do dirigente cristão em campo sócio-politico
chamando a atenção para os princípios do ensinamento cristão como se encontram delineados
no Compendio da doutrina social da Igreja. Depois de ter recordado que evangelizar
o social significa infundir no coração dos homens a carga de sentido e de libertação
do Evangelho de maneira a promover uma sociedade do homem ,porque á medida de Cristo,
o cardeal Martino evidenciou a importância decisiva que para o dirigente cristão
reveste o reconhecimento da centralidade da pessoa, a salvaguarda e promoção em todas
as situações do primado da pessoa. Como foi sublinhado por João Paulo II na Centesimus
Annus, se dantes o factor decisivo da produção era a terra e mais tarde o capital,
hoje o factor decisivo é cada vez mais o homem. Daqui o dever para o dirigente cristão
de reconhecer, sem nenhuma descriminação, o valor e a dignidade de cada trabalhador
e de cada tipo de trabalho, na justiça, na solidariedade e na liberdade.O presidente
do conselho pontifício Justiça e Paz não deixou de reafirmar que a justiça social
deve ter também como objectivo uma melhor repartição dos bens da terra, segundo o
principio de solidariedade planetária , em virtude de uma precisa obrigação de justiça