2008-06-02 18:28:24

ONU E SANTA SÉ AVALIAM: IMIGRAÇÃO CLANDESTINA NÃO É CRIME


Genebra/Nairóbi, 02 jun (RV) - A Alta Comissária das Nações Unidas para direitos humanos, Louise Arbour, condenou hoje a ‘decisão do governo italiano de converter a imigração ilegal em delito e os recentes ataques contra os nômades, ocorridos no país’.

Louise Arbour participou do Conselho da ONU sobre direitos humanos, que se reúne em Genebra. Na ocasião, afirmou que “na Europa, as políticas repressivas, assim como atitudes xenófobas e intolerantes contra a imigração irregular e minorias indesejadas constituem uma verdadeira preocupação”.

A comissária proferiu estas palavras na abertura dos trabalhos da 8ª sessão do Conselho, que está reunido até o dia 18 de junho.

Enquanto isso, o Secretário do Pontifício Conselho para os migrantes e itinerantes, dom Agostino Marchetto, também interveio sobre o tema da imigração clandestina, em uma entrevista à RV. O arcebispo está em Nairóbi, no Quênia, participando do congresso pan-africano de delegados das Comissões episcopais para migrações. Sua posição coincide com a da comissária da ONU. Vamos ouvir:

MARCHETTO 26’’ RealAudioMP3

Além do secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para Migrantes e Itinerantes, encontra-se em Nairóbi também o Presidente do organismo, o cardeal Renato Raffaele Martino, que fará hoje a palestra de abertura do evento.

Este congresso tem como tema “Por um melhor zelo pastoral dos Migrantes e Refugiados na África, no início do terceiro milênio”, é organizado pelo Pontifício Conselho, em colaboração com a Comissão para Migrantes, Refugiados e Marítimos da Conferência Episcopal do Quênia.

Com suas palestras, o cardeal dará início aos trabalhos e ilustrará a Instrução Erga migrantes caritas Christi, como ‘melhor resposta pastoral para os migrantes na África’, no início do 3º Milênio. Baseado neste documento, publicado em maio de 2004 por JPII, o cardeal solicita uma visão positiva do fenômeno migratório, convidando os agentes pastorais a redescobrir e viver profundamente a dimensão do catolicismo.

Em seu significado mais amplo e profundo, o catolicismo é a capacidade do Evangelho, na Igreja, de realizar uma comunhão universal - uma unidade sem algum tipo de fronteira geográfica, histórica e cultural - de modo que as diferenças não sejam canceladas, mas que se realizem em sua identidade. (CM)







All the contents on this site are copyrighted ©.