VATICANO: DEFENDER AS FAMÍLIAS, MESMO SE IMIGRANTES CLANDESTINAS
Cidade do Vaticano, 31 mai (RV) - “As famílias devem ser defendidas a todo
custo, inclusive a dos imigrantes” – afirma o Pontifício Conselho para a Pastoral
dos Migrantes e Itinerantes. Naturalmente, isso vale também para quem é obrigado,
em defesa de sua dignidade, a deixar o próprio país sem documentos, abandonando parentes,
amigos e pertences.
“Manter a unidade da família ou obter a sua reunificação
é um objetivo fundamental – diz a conclusão da Assembléia Plenária do Pontifício Conselho,
que se concluiu no último dia 15, no Vaticano. Também é fundamental garantir uma existência
plena nos países de origem, e a assistência pastoral aos casais ‘mistos’” – acrescenta
a nota.
“São principalmente os migrantes sem documentos, ou irregulares, a
deixar o próprio país sem o resto da família” – observa o Pontifício Conselho – “com
a intenção de enviar remessas de dinheiro às suas casas. Visto que representam um
recurso para as sociedades para as quais trabalham, têm o direito que suas famílias
possam também ser integradas, qualquer que seja seu status legal”. “Todavia, estes
países estão limitando sempre mais esta possibilidade e isto certamente terá conseqüências,
a longo prazo”.
Neste sentido, a nota lança um apelo aos governos para que
revejam atentamente suas políticas migratórias, e à opinião publica, para que se conscientize
do fato que a imigração não é um processo unilateral.
“Por sua vez, a Igreja
confirma seu compromisso em favorecer o diálogo intercultural e a assistência às famílias
imigrantes e mistas, assim como em contribuir para combater o tráfico de seres humanos”.
(CM)