PE. LOMBARDI: "PAPA TEM VISÃO POSITIVA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO"
Toronto, 30 mai (RV) - Três anos depois de sua eleição como papa, a relação
entre os meios de comunicação e Bento XVI evoluiu profundamente, como demonstrou sua
recente visita aos Estados Unidos: foi o que disse o diretor da Sala de Imprensa da
Santa Sé, Pe. Federico Lombadi. Para ele, esta mudança se deve em boa parte à visão
positiva que o pontífice tem dos meios de comunicação e do serviço que oferecem.
A
análise do Pe. Lombardi foi feita ontem durante o Encontro anual dos meios de comunicação
do Canadá e Estados Unidos, que reúne cerca de 480 profissionais desses dois países
em Toronto. O encontro, que teve início no dia 28, encerra-se hoje, 30 de maio.
O
Pe. Lombardi, que é também diretor-geral da Rádio Vaticano e do Centro Televisivo
Vaticano, revelou detalhes dessa atitude do papa, explicando que, como fazia João
Paulo II após cada uma de suas viagens, o pontífice se reúne com responsáveis dos
meios de comunicação do Vaticano para avaliar o impacto que sua mensagem teve.
"Esta
atitude me impressiona profundamente", confessou o Pe. Lombardi. "Ele está consciente
de que os meios de comunicação são fundamentais e necessários para transmitir toda
mensagem." E ao fazer um balanço positivo da visita papal aos Estados Unidos, o prelado
o atribui sobretudo à "sua atitude cordial e positiva para com o povo norte-americano".
Bento XVI prefere sempre utilizar a linguagem da proposta e não da condenação,
assegurou: "Não é por acaso que a primeira encíclica do papa seja sobre o amor e a
segunda, sobre a esperança. Também não é por acaso que seu primeiro livro seja sobre
Jesus, que nos mostra o rosto de Deus".
Quando se dirige aos jovens, constatou
o diretor-geral da Rádio Vaticano, "Bento XVI insiste que a nossa não é uma religião
de proibições, de 'nãos'. Mas se baseia no grande 'sim' do amor". Este trabalho, segundo
o Pe. Lombardi, é realizado pelo papa com confiança na razão e paciência para comunicar
mensagens fortes. Como exemplo, explicou que Bento XVI não pronunciou um discurso
nas Nações Unidas para "dar espetáculo".
"Não utilizou uma linguagem para
causar sensação. Quis ir ao fundo, afirmar os princípios básicos", recordou. "Esta
é a resposta que o papa oferece todos os dias ao relativismo e ao subjetivismo."
Para
os meios de comunicação, concluiu o Pe. Lombardi, "Bento XVI já não é só um grande
mestre. Cada vez mais, ele está se convertendo em um pastor de uma contagiosa humanidade".
(SP/BF)