PAPA EXORTA BISPOS DE MIANMAR A PROSSEGUIR SUA OBRA EM COLABORAÇÃO COM BUDISTAS
Cidade do Vaticano, 30 mai (RV) - O papa recebeu esta manhã um grupo de bispos
de Mianmar (ex-Birmânia) em visita qüinqüenal ad Limina Apostolorum, para venerar
os túmulos dos apóstolos e reforçar sua comunhão com o Sucessor de Pedro.
A
Igreja em Mianmar é conhecida e admirada por sua solidariedade para com os mais pobres
e necessitados, o que pôde ser comprovado após a passagem do ciclone Nargis.
O
papa disse estar informado dos esforços da Igreja em providenciar cobertas, alimentos,
água e medicamentos para as vítimas nesses dias tão difíceis. Bento XVI espera que
os acordos recentemente alcançados para a distribuição das ajudas possibilitem a assistência
necessária e o acesso às áreas carentes; garantiu que a Igreja está espiritualmente
próxima daqueles que perderam seus entes queridos e seus únicos pertences, cujo sofrimento
deve ser aliviado.
Bento XVI notou com prazer o crescente número de homens
e mulheres que respondem ao chamado da vida consagrada naquela região, fazendo votos
de que sua aceitação livre e radical dos princípios evangélicos possa inspirar outros
a optar pela vida de castidade, pobreza e obediência. Os cursos de formação oferecidos
pela Conferência dos Religiosos Católicos são uma prova de que a cooperação entre
diferentes comunidades religiosas é possível, no devido respeito de seus carismas.
Neste sentido, o papa estimulou a colaboração com os budistas.
O Santo Padre
acrescentou que outros sinais de esperança são o grande número de vocações ao sacerdócio.
E no dia em que se celebra a santificação dos sacerdotes, pede que eles possam desempenhar
seus deveres com humildade, simplicidade e obediência.
"Como sabem, isto requer
uma formação consonante com a dignidade do ofício presbiterial. Encorajo vocês a continuar
fazendo sacrifícios para garantir que os seminaristas recebam formação integral, que
os prepare para ser autênticos arautos da nova evangelização", disse.
O papa
também convidou os bispos de Mianmar a recordarem seus sacerdotes que se nutram continuamente
da Eucaristia, através da participação na liturgia e da contemplação silenciosa. E
enalteceu seu trabalho, sempre rico de iniciativas espirituais e catequéticas, principalmente
junto aos jovens.
Esses programas de evangelização requerem planejamento e
organização, e devem recorrer ao uso de opúsculos e material audiovisual. "Estou certo
de que Igrejas de outras partes do mundo fornecerão os instrumentos necessários, quando
possível."
Enfim, o Santo Padre recordou o ano jubilar dedicado a São Paulo,
que a Igreja Católica promove a partir do final do mês de junho: "Iluminados pelo
Espírito Santo, convido-os a unirem-se a São Paulo, na certeza de que nada – nem a
angústia, a perseguição e a carestia – pode nos separar do amor de Deus em Cristo
Jesus, nosso Senhor". (CM/BF)