COMUNICADORES CRISTÃOS QUEREM SER VOZ PROFÉTICA NA ÁSIA
Bangcoc, 29 mai (RV) - Os comunicadores cristãos na Ásia querem continuar a
exercer um "papel profético" para a paz e ser voz dos que não têm voz nem vez no Continente.
Com
este compromisso, concluiu-se nos dias passados em Chiang Mai, na Tailândia, a assembléia
da sessão asiática da Associação Mundial da Comunicação Cristã, uma organização ecumênica
criada para promover a cooperação entre comunicadores católicos, ortodoxos e protestantes.
"A
comunicação é paz: construir comunidades que funcionem na Ásia" foi o tema da Assembléia,
que contou com a participação de delegados de Bangladesh, Hong Kong, Índia, Indonésia,
Coréia, Mianmar, Paquistão, Filipinas e Tailândia.
Ponto de partida dos debates
foi a constatação dos inúmeros obstáculos econômicos, políticos, culturais e religiosos
que impedem hoje a construção de comunidades de paz na Ásia, e o papel que a mídia
exerce neste campo.
Os participantes destacaram que os problemas que se referem
mais de perto aos povos asiáticos, e que concernem precisamente à demanda de paz e
de justiça, recebem atenção muito escassa da mídia comercial, que se deixa pautar
por outras lógicas.
Os últimos e os mais vulneráveis, entre eles especialmente
as mulheres, não fazem notícia. Daí o papel crucial dos comunicadores cristãos chamados
a dar voz a quem não a tem. Um compromisso que a Associação quer concretizar ainda
mais com um novo projeto para uma melhor cobertura informativa do tema da pobreza.
O "Project on Poverty Reporting" começará uma monitoração sistemática trienal
das notícias divulgadas pela mídia nos países asiáticos, a partir da Índia. O objetivo
é exatamente melhorar o nível da informação sobre estas temáticas. (PL/BF)