ARCEBISPO DE KIRKUK DENUNCIA: CRISTÃOS NO IRAQUE ABANDONADOS PELA COMUNIDADE INTERNACIONAL
E PELA PRÓPRIA IGREJA
Bagdá, 26 mai (RV) - “Os cristãos iraquianos sentem-se isolados e esquecidos
diante do grande silêncio da comunidade internacional e da própria Igreja, à parte
o papa e alguns bispos europeus. Peço às Igrejas do Ocidente que nos confortem, ajudando
concretamente a nossa permanência no país”.
O apelo premente é do arcebispo
de Kirkuk, no Iraque, Dom Louis Sako, que sábado próximo, dia 31, receberá em Milão
o Prêmio “Defensor Fidei”, promovido pela “Fundação Fides et Ratio” e pelo mensal
“Il Timone”. Comentando a notícia, o arcebispo se diz “honrado por este reconhecimento”
e denuncia “os extremismos étnicos e religiosos”, “uma política que olha freqüentemente
para os próprios interesses” e “a corrida aos armamentos”.
Falando da perseguição
dos cristãos, Dom Sako lembra que “estes sempre defenderam a integridade do país de
modo corajoso, junto com seus irmãos muçulmanos”. Infelizmente, acrescenta, “nestes
últimos tempos, os cristãos são alvejados, como “bodes expiatórios” a eliminar. Em
certas zonas do Iraque, eles sofrem por emigração, estupros, seqüestros e assassinatos
perpetrados com motivações religiosas. Este comportamento contradiz os valores do
povo iraquiano e os valores morais do Islã. Um Iraque sem cristãos será desastroso
para todos os iraquianos”, diz o arcebispo de Kirkuk.(PL)