2008-05-25 18:46:55

ANGELUS: BENTO XVI RECORDA AS VÍTIMAS DO TERREMOTO NA CHINA E FALA AINDA DO DRAMA DA FOME NO MUNDO


Cidade do Vaticano, 25 mai (RV) - Bento XVI rezou ao meio-dia de hoje a oração mariana do Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. Nas palavras que precederam a oração, o papa recordou que a festa de Corpus Christi, que na Itália e em diversos países celebra-se hoje, é ocasião para crescer na "concreta atenção aos irmãos, especialmente aos mais pobres".

Entre os flagelos que atingem o mundo, o Santo Padre indicou o drama da fome, um problema que a "comunidade internacional tem dificuldades em resolver". Bento XVI recordou ainda as vítimas do terremoto na China e pediu a Nossa Senhora de Sheshan que apóie os testemunhos de fé dos cristãos naquele país.

"Saúdo todos de coração": com essas afetuosas palavras pronunciadas em chinês, o papa se dirigiu aos peregrinos chineses de toda a Itália reunidos em Roma por ocasião do Dia Mundial de Oração pela Igreja na China, que foi celebrado ontem, memória litúrgica de Nossa Senhora Auxiliadora.

Aos fiéis chineses, Bento XVI dirigiu um premente apelo: "Junto a vocês, peço a Maria, Auxílio dos Cristãos, Nossa Senhora de Sheshan, que apóie o compromisso de todos aqueles que na China, entre as cotidianas fadigas, continuam a acreditar, a esperar e amar, a fim de que jamais temam falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus, permanecendo sempre testemunhas críveis do seu amor e mantendo-se unidos à rocha de Pedro, sobre a qual a Igreja foi construída".

O Santo Padre confiou ainda ao amor de Deus misericordioso todos aqueles que nesses dias perderam a vida por causa do terremoto que atingiu uma vasta área da China. Por causa do terremoto do último dia 12, mais de 62 mil pessoas morreram. Hoje, foi registrado um novo tremor, que superou os 5 graus na escala Richter.

"Renovo a minha solidariedade a todos aqueles que estão vivendo horas de angústia e de tribulação. Graças à fraterna solidariedade de todos, possam as populações daquelas áreas voltar em breve à normalidade da vida cotidiana."

No Angelus, o papa recordou que hoje se celebra a solenidade de "Corpus Christi", que no Vaticano e em outras nações, como no Brasil, foi celebrada na última quinta-feira.

"É a festa da Eucaristia, dom maravilhoso de Cristo, que na Última Ceia quis nos deixar o memorial de sua Páscoa, o sacramento de seu Corpo e do Seu Sangue, penhor de imenso amor por nós", disse.

A Eucaristia, acrescentou, é escola de caridade e solidariedade. O papa pediu então que todos os cristãos colaborem com os esforços internacionais para resolver a crise dos preços dos alimentos, que ameaça levar milhões de pessoas à fome.

"Quem se nutre com o Pão de Cristo não pode ficar indiferente diante de quem, também nos nossos dias, é privado do pão cotidiano. Muitos pais de família conseguem, com fadiga, procurá-lo para si e para os seus filhos. É um problema cada vez mais grave, que a comunidade internacional encontra dificuldades em resolvê-lo", analisou.

Quando Jesus começou a pregar para as multidões, revelou que o Pai o havia enviado ao mundo como "pão vivo descido do céu", como pão da vida: "A Igreja não somente reza 'o pão nosso de cada dia nos dai hoje', mas, seguindo o exemplo de Jesus, se compromete em todos os modos a multiplicar os cinco pães e dois peixes com inumeráveis iniciativas de promoção humana e de partilha, a fim de que a ninguém falte o necessário para viver".

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) realizará uma cúpula em Roma, entre os dias 3 e 5 de junho, para discutir as dificuldades causadas pelo aumento dos preços dos alimentos.

Enfim, o pontífice saudou vários grupos de peregrinos e todos aqueles que, por ocasião do Dia Italiano do Alívio, se reuniram na Policlínica Gemelli para promover a "solidariedade para com as pessoas que sofrem de doenças incuráveis". (SP/BF)







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