IGREJA CATÓLICA NA CHINA REZA PELAS VÍTIMAS DO TERREMOTO
Pequim, 20 mai (RV) - A Igreja católica chinesa, que desde o primeiro momento
da tragédia do terremoto se colocou na linha de frente, celebra missas, reza o Terço,
faz orações e novenas em sufrágio das vítimas do terremoto, verificado no dia 12 do
corrente, em comunhão com todo o país que está vivendo três dias de luto pela tragédia.
Segundo fontes da agência missionária Fides, todas as comunidades católicas locais
estão observando os três dias de luto nacional. Enquanto os sinos das igrejas dobram,
se recita a oração do papa a Nossa Senhora de She Shan.
Segundo as religiosas
di diversas congregações diocesanas chinesas que estão trabalhando nos lugares do
epicentro do abalo sísmico, Wen Chuan e adjacências, a situação é muito difícil. “Vestimos
sempre o hábito religioso com a cruz no peito, que nos dá força e coragem. Alguns
nos perguntam quem somos, pedem-nos a cruz e a Bíblia, querem conhecer a fé”, conta
Irmã Zhai Ai, da Congregação de São José de He Bei.
O apelo do papa lançado
quarta-feira passada na audiência geral deu força e coragem às religiosas, e elas
transmitem essa força ao povo que sofre: “rezamos e meditamos sobre essas palavras
afetuosas” e “em toda circunstância buscamos ser ‘fermento de harmoniosa convivência
entre todos os cidadãos’ como nos ensinou o papa”, afirmam as religiosas.
Todas
as comunidades católicas chinesas continuam na oração e também na ajuda concreta às
vítimas do abalo telúrico.
Durante as missas deste domingo, solenidade da Santíssima
Trindade, as paróquias recolheram as ofertas que foram destinadas às vítimas do terremoto.
Localizada na zona atingida pela neve e pelo gelo em janeiro passado, a Diocese de
Gui Zhou recolheu o equivalente a aproximadamente 25 mil reais para as ajudas, apesar
das graves dificuldades que as comunidades ainda hoje estão afrontando ali, com toda
a colheita do ano perdida nessa região já tão pobre.
O coração dos católicos
chineses foi aquecido nessa imane tragédia sentindo o apoio da Igreja presente no
mundo inteiro e, sobretudo, do papa. Como confirmam as religiosas na linha de frente
no trabalho de assistência às vítimas: “somos fortes porque sabemos que o papa e a
Igreja inteira estão conosco”. (RL)