2008-05-20 13:48:32

IGREJA CALDÉIA: CONDENAÇÃO À MORTE COLOCA EM RISCO FUTURO DEMOCRÁTICO DO IRAQUE


Cidade do Vaticano, 20 mai (RV) - A condenação à morte de um acusado de participar do sequestro do arcebispo caldeu de Mossul, Dom Paulos Faraj Rahho, provocou polêmica.

O procurador em Roma da Igreja caldéia, Mons. Philip B. Najim, afirma que a condenação à morte deixa a comunidade muito perplexa.

Mons. Najim recorda que logo após a morte de Dom Rahho o governo iraquiano anunciou a prisão de três irmãos, mas depois não se soube mais nada. E ontem comunicaram que outro homem, diferente dos indiciados, foi condenado à morte.

Ele acrescentou que os valores da fé cristã são contrários à pena de morte e o fato de que as investigações tenham sido feitas de modo pouco límpido diante da opinião pública "causa preocupação quanto ao futuro democrático do Iraque".

Por outro lado, a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá recebeu com satisfação a sentença de morte decretada pelo Tribunal iraquiano.

Segundo comunicado emitido pela sede diplomática, os EUA elogiam o governo iraquiano por levar o autor "deste brutal crime diante da Justiça", e reiteram seu pesar à família do arcebispo e à comunidade religiosa à qual Dom Rahho pertencia.

"Continuaremos apoiando o governou em seus esforços para proteger todos os iraquianos, sem distinção religiosa, da violência e dos atos criminais", acrescentou a embaixada.

O Tribunal condenou à morte Ahmed Ali Ahmed, conhecido como Abu Omar.

Segundo um comunicado do porta-voz do governo, Ali Al Dabbagh, o condenado é um dos líderes da vertente iraquiana da Al-Qaeda, procurado pela Justiça por sua responsabilidade em vários crimes contra a população local. Todavia, não se sabe a data e as circunstâncias da prisão nem a nacionalidade do condenado. (BF)







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