2008-05-15 13:14:29

"A família migrante e itinerante" merece ser apoiada, não destruída: Bento XVI recebendo os participantes na assembleia plenária do Conselho Pontifício para a Pastoral de Migrantes e Itinerantes


“A mobilidade humana representa, no actual mundo globalizado, uma fronteira importante para a nova evangelização” – recordou Bento XVI, acolhendo nesta quinta-feira de manhã, no Vaticano, os 75 participantes na Assembleia Plenária do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes. Tema desta Plenária “A família migrante e itinerante”. Desejava-se aprofundar o fenómeno da mobilidade humana, que se tornou num elemento estrutural da sociedade contemporânea, com graves consequências para a família migrante.
Congratulando-se com o trabalho desta Assembleia, o Papa evocou a sua recente viagem aos Estados Unidos, durante a qual teve “ocasião de encorajar aquele grande país a continuar no seu empenho de acolhimento para com aqueles irmãos e irmãs que vêm, geralmente, de países pobres”, assinalando “em particular o grave problema do reagrupamento familiar”. Bento XVI recordou também diversas tomadas de posição do seu predecessor, João Paulo II, sublinhando “o empenho da Igreja a favor não só da pessoa migrante, mas também da sua família, comunidade de amor e factor de integração”.
“Antes de mais, apraz-me reafirmar que a solicitude da Igreja para com a família migrante nada retira ao interesse pastoral pela família afectada pela mobilidade. Ao contrário, este empenho a manter uma unidade de visão e de acção entre as duas asas (migração e itinerância) da mobilidade humana pode ajudar a compreender a vastidão do fenómeno e ao mesmo tempo estimular todos a desenvolverem uma pastoral específica”.
Trata-se aliás, observou o Papa, de uma pastoral recomendada pelos Papas, preconizada pelo Concílio Vaticano II e convenientemente apoiada pelos documentos elaborados pelo vosso Conselho da Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.
“Não se esqueça que a família, mesmo a família migrante e itinerante, constitui a célula originária da sociedade. Há que a não destruir; pelo contrário, há que a defender com coragem e paciência. A família representa a comunidade na qual, desde a infância a pessoa é formada a adorar e a amar a Deus, aprendendo a gramática dos valores humanos e morais, e aprendendo a far bom uso da liberdade na verdade”.








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