ARCEBISPO CALDEU DE KIRKUK: OCIDENTE E IGREJAS DEVEM AJUDAR CRISTÃOS IRAQUIANOS
Friburgo, 14 mai (RV) - "O Ocidente deve acolher e oferecer integração aos
cristãos iraquianos que deixaram o seu país, mas, ao mesmo tempo, deve fazer pressões
políticas sobre Washington e Bagdá para que façam de modo que aqueles que decidam
permanecer na pátria possam fazê-lo com segurança." Este é o apelo lançado pelo arcebispo
caldeu de Kirkuk, Dom Louis Sako, durante uma coletiva de imprensa feita na Universidade
de Friburgo, na Suíça.
"Os cristãos iraquianos são uma riqueza da Igreja presente
no mundo inteiro e não devem ser esquecidos nem abandonados diante do projeto de total
'islamização' levado avante pelos extremistas", defende o prelado.
"Os cristãos
do Ocidente devem se conscientizar da gravidade da tragédia dos cristãos iraquianos,
que muitas vezes são vítimas de violências", acrescenta Dom Sako em seu apelo citado
pela agência missionária "AsiaNews".
Além disso, o arcebispo recorda que apenas
30 anos atrás os cristãos eram 5% da população, hoje são menos de 3%. A queda do regime
e a invasão anglo-americana criaram uma situação muito instável e o país tornou-se
terreno de ação dos terroristas.
Para Dom Sako, os ataques contra as igrejas,
o seqüestro de sacerdotes em Bagdá e Mossul, o assassinato de três sacerdotes, de
dois subdiáconos e do arcebispo caldeu de Mossul, Dom Paulos Faraj Rahho, destruíram
completamente a confiança de muitos cristãos.
"As Igrejas do Ocidente devem
nos ajudar concretamente a permanecermos em nosso país: deve-se dar prioridade à abertura
de escolas e de institutos profissionalizantes, com formação também de enfermeiros;
deve-se criar pequenos projetos agrícolas e de organizações econômicas e sanitárias.
Isso certamente produzirá trabalho para que possam ter a esperança de poder permanecer
no país", conclui. (RL/BF)