Diálogo sincero e cooperação recíproca" entre os fiéis das três grandes religiões
monoteístas. Na noite de 12 de Maio, O cardeal D. José Saraiva Martins falou em Fátima
num "ecumenismo da oração" que evite "gestos de ódio e de violência".
(13/5/2008) O Cardeal Saraiva Martins disse em Fátima que a paz não é apenas a ausência
de guerra, mas é a salvação completa, pedindo um "diálogo sincero e cooperação recíproca"
entre os fiéis das três grandes religiões monoteístas. Na noite de 12 de Maio, o Cardeal
português falou num "ecumenismo da oração" que evite "gestos de ódio e de violência".
Na sua homilia, D. José Saraiva Martins, defendeu que “a mensagem simples de Fátima
é, pois, uma mensagem evangélica de premente actualidade. Ela chama-nos a nós cristãos
a, como Maria e os três Pastorinhos, testemunhar a palavra da verdade, o Evangelho,
sendo instrumentos de paz”. Milhares de fiéis participaram na cerimónia, que assinala
os 91 anos das Aparições na Cova da Iria. Sobre o tema da Verdade, que este ano
marca a reflexão no Santuário de Fátima, D. José Saraiva Martins sublinhou que "Viver
na Palavra de Jesus é viver na verdade. Mas, podemos perguntar-nos «o que é a verdade»
(cf Jo 18,38)?" Para ajudar à resposta desta pergunta, o Cardeal, com base nas
Leituras, recordou o apóstolo S. Paulo que traçou o desígnio de Deus sobre a humanidade,
o desígnio salvifico, sublinha D. Saraiva Martins de "que todos os homens e as mulheres
de casa língua ou nação, condição social ou grupo étnico, tempo ou lugar, tomados
quer individual, quer colectiva e socialmente" se salvem e cheguem ao conhecimento
da verdade. Na mesma homilia e a milhares de peregrinos de todo o mundo, D. Saraiva
Martins reafirmou a importância da mensagem de Fátima para o mundo actual, como apelo
a um retorno à casa do Pai. "A verdade, antes de ser pensamento, é afirmação de um
amor incondicional indefectível", disse. "Esta é exactamente a mensagem de Fátima:
uma mensagem profundamente profética de amor, de conversão, de reconciliação e de
paz. O seu chamamento primordial é o apelo evangélico a que vivamos na verdade, isto
é, no amor. Para tal, antes de mais é preciso voltar à casa do pai, deixando-nos iluminar
pela sua luz, abrigar no seu seio. Para aí o adorar, consolar a dor que lhe provoca
a divisão e a perdição dos seus filhos e interceder pelos pecadores que rejeitam o
seu amor", afirmou ainda.