2008-05-12 13:57:46

Há que prosseguir com empenho o diálogo fraterno entre Cristãos e Judeus: Bento XVI ao novo Embaixador de Israel. O Papa pede ao governo de Israel que assegure aos Palestinianos condições para viverem também eles em segurança e paz


(12/5/2008) Recebendo nesta segunda-feira, no Vaticano, o novo Embaixador de Israel junto da Santa Sé, Mordechay Lewy, Bento XVI sublinhou que “há que prosseguir com empenho e generosidade” o diálogo fraterno entre Cristãos e Judeus, que tantos frutos têm suscitado. O que está em jogo é de importância fundamental:

“As cidades santas de Roma e Jerusalém representam um manancial de fé e de sabedoria de importância central para a civilização ocidental. Consequentemente, as relações entre Israel e a Santa Sé têm ressonâncias mais profundas do que as que surgem formalmente da dimensão jurídica das nossas relações”.

Exprimindo as suas felicitações pelos 60 anos do Estado de Israel, o Papa formulou em termos positivos a posição da Sé Apostólica:

“A Santa Sé associa-se a vós no dar graças a Deus por se terem realizado as aspirações do povo judeu em relação a uma pátria na terra dos seus antepassados, e espera ver em breve o tempo de um congratular-se ainda maior quando uma paz justa resolva finalmente o conflito com os palestinianos.”

Congratulando-se com as relações diplomáticas estabelecidas há 15 anos entre Israel e a Santa Sé, Bento XVI assegurou o desejo de que se “desenvolva ulteriormente o crescente respeito, estima e colaboração que nos une”.
Evocando o “alarmante declínio da população cristã no Médio Oriente, incluindo Israel, devido à emigração”, o Papa exprimiu a esperança de que, “graças à crescente amizade entre Israel e a Santa Sé se encontrem vias para tranquilizar a comunidade cristã de tal modo que os seus fiéis possam experimentar a esperança de um futuro seguro e pacífico”. Os Cristãos na Terra Santa sempre gozaram de boas relações tanto com os Muçulmanos e os Judeus. “A sua presença em Israel e o livre exercício, ali, da vida e missão da Igreja, podem contribuir significativamente para sarar as divisões entre as duas comunidades”.

Sobre a “tensão permanente” existente entre as comunidades Judaica e Palestiniana, Bento XVI - exprimindo a posição da Santa Sé – deixou um pedido directo às autoridades israelitas:

“A Santa Sé reconhece a legítima necessidade de Israel – de segurança e autodefesa, e condena firmemente todas as formas de anti-semitismo. Ao mesmo tempo sustenta que todos os povos têm direito a gozar de iguais oportunidades para florescer. Solicito portanto o vosso governo a realizar todos os esforços para aliviar as dificuldades suportadas pela comunidade palestiniana, permitindo-lhe a necessária liberdade para desenvolver as suas legítimas actividades, incluindo deslocar-se aos lugares de culto, de tal modo que também eles possam gozar de paz e segurança”.

Agradecendo o empenho expresso pelo governo de Israel de vir a resolver em breve as questões de carácter económico e financeiro ainda pendentes para a aplicação dos acordos assinados entre a Santa Sé e o Estado judaico, Bento XVI observou que só superando estas dificuldades em aberto é que a Igreja estará em condições de desenvolver livremente as suas actividades religiosas, morais, educativas e caritativas na terra que a viu nascer”.
Quase a concluir, o Papa sublinhou a importância fundamental para todo o mundo que assumirá um tempo de paz e reconciliação na Terra Santa:

“Quando todos os povos da Terra Santa viverem em paz e harmonia, em dois estado independentes e soberanos, um ao lado do outro, será inestimável o benefício que daí advirá para a paz no mundo, e Israel prestará verdadeiramente um serviço como luz das nações, como um exemplo brilhante de resolução de conflito, a seguir pelo resto do mundo”.









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