2008-05-12 18:22:07

DEDICADA À FAMÍLIA PLENÁRIA PONTIFÍCIO CONSELHO PARA MIGRANTES E ITINERANTES


Cidade do Vaticano, 12 mai (RV) - A partir de amanhã, dia 13, até quinta-feira próxima, dia 15, o Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes vai realizar em Roma a sua XVIII Assembléia Plenária sobre o tema ‘A família migrante e itinerante’.

Estarão presentes os 26 membros do Organismo (Cardeais, Arcebispos e Bispos), provenientes de vários países, assim como 14 Consultores, também de várias nacionalidades e especialistas em assuntos concernentes aos 9 setores de mobilidade humana confiados ao Pontifício Conselho: migrantes por questões econômicas, refugiados e deslocados, estudantes estrangeiros, nômades, circenses e feirantes, turistas e peregrinos, marinheiros, pescadores e passageiros de cruzeiro, pessoas dos aeroportos e da estrada (automobilistas, jovens e mulheres de rua e pessoas sem morada fixa). A Rádio Vaticano contatou o Secretário do Pontifício Conselho, D. Agostino Marchetto, perguntando-lhe quais são os maiores desafios e os problemas da família migrante/itinerante hoje?

Agostino Marchetto:- As famílias das pessoas em mobilidade têm dificuldades particulares ligadas propriamente ao seu estado de movimento. Antes de tudo, isto quer dizer, em geral, separação dos membros, quando nem toda a família deixa o país de origem. Mas há dificuldades também para todo o núcleo familiar, se parte junto. São exatamente as dificuldades que os membros da família experimentam no país de chegada que com freqüência causam a sua desagregação. Aqueles que trabalham no turismo, ou nas naves, sentem também a separação das famílias, mesmo se em modo saltuário e não permanente. Quem trabalha nos aeroportos, ao invés, tem horários de trabalho longos e não habituais que se repercutem na vida familiar. Infelizmente, longas separações podem causar a infidelidade da parte dos cônjuges. Ainda, o pai ausente perde a autoridade (e talvez também o afeto) sobre e dos filhos. Quem permanece com eles é obrigado(a), pois, desenvolver o papel de ambos os pais e os filhos sentem a falta da figura do pai ou da mãe emigrado (a). Em terras estrangeiras eles experimentam a diferença entre a cultura dos pais e a cultura do país no qual vivem.


P. Que propostas a Igreja pode fazer?

Agostino Marchetto:- Mencionarei duas. Primeira, a formação cristã continua dos jovens, que serão aqueles que se casarão, e das famílias, para que possam ser o viveiro de cristãos, que é a sua vocação. A segunda proposta possível é especificamente relativa à mobilidade, entendo o acompanhamento pastoral, isto é, das famílias em mobilidade, como já se faz na Igreja. Trata-se agora de difundir cada vez mais tal pastoral. Trata-se de estar lá onde se encontram estas famílias para poder permanecer ao lado delas nos momentos de alegria e sobretudo em situações dolorosas, para ajudá-las a descobrir finalmente o amor de Deus em todas as circunstâncias da vida. Se cada membro da família se sente realizado, é mais fácil que a família se mantenha unida. (PL)








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