PAPA SALIENTA DESAFIOS DA IGREJA NA HUNGRIA EM AUDIÊNCIA AOS BISPOS DO PAÍS
Cidade do Vaticano, 10 mai (RV) - O papa entregou esta manhã um discurso aos
bispos da Hungria, na conclusão de sua visita qüinqüenal "ad limina", no qual recordou
o longo período de regime comunista, que deixou marcas profundas na população húngara.
Entre
essas marcas, o papa destacou um clima de desconfiança mútua, insegurança econômica,
consumismo, fraqueza de pensamento e de vontade, falta de aprofundamento teológico,
espiritual, intelectual, secularização, desagregação familiar, separações, divórcios,
uniões homossexuais, aborto, diminuição da natalidade e infidelidade matrimonial.
Dessa
forma, o papa disse que a família constitui um enorme desafio para a pastoral eclesial.
Por isso, encorajou os bispos húngaros a multiplicarem as iniciativas no âmbito da
Igreja, sobretudo uma maior formação da juventude, a pastoral escolar e universitária
e a evangelização da cultura.
Bento XVI expressou ainda sua preocupação pela
falta de sacerdotes. Nesse sentido, animou os bispos húngaros à unidade eclesial e
à fraternidade presbiteral, laical e religiosa.
Por outro lado, o papa manifestou
seu apreço pelo incremento dos contatos com as demais conferências episcopais dos
países vizinhos, especialmente da Eslováquia e Romênia, onde se encontram minorias
húngaras.
Por fim, Bento XVI convidou os bispos da Hungria a aprofundarem as
boas relações com os irmãos cristãos e de outras confissões religiosas. (MT/BF)