Madri, 10 mai (RV) - O governo da Espanha retirou a ajuda financeira oficial
à Igreja Católica no país. Como resultado, a Conferência Episcopal lançou uma campanha
publicitária para pedir doações aos fiéis.
A Igreja espanhola era a única
da Europa financiada com verba do governo, segundo dados do Parlamento Europeu. O
governo dava por mês 11,7 milhões de euros, pouco mais de 141 milhões de reais anuais.
De acordo com o secretário de Liberdades Públicas do Partido Socialista, Álvaro
Cuesta, em entrevista à BBC Brasil declarou que se tratava "de um financiamento excessivo".
O novo sistema de financiamento depende só dos fiéis. Na declaração de renda,
os católicos têm a opção de destinar 0,7% de seus impostos à Igreja Católica. Assim,
a Conferência Episcopal da Espanha lançou uma campanha pedindo fundos, em que explica
quais são as necessidades e os compromissos sociais e humanitários da instituição.
A
campanha está sendo veiculada em emissoras de rádio e televisão, jornais e internet,
além de panfletos distribuídos pelas ruas (600 mil em abril) para sensibilizar os
fiéis.
A decisão do governo está provocando polêmica e gerou conflito entre
socialistas e conservadores. (BF)