CARDEAL GEORGE PELL FALA DE “LIMPEZA ÉTNICA” DOS CRISTÃOS NO IRAQUE
Sydney, 07 mai (RV) - Os cristãos no Iraque, onde vivem desde antes da difusão
do Islã, “estão sofrendo uma sistemática campanha terrorista”, mas as forças da ordem
não conseguem assegurar uma adequada segurança. É o que escreve o arcebispo de Sydney,
na Austrália, Cardeal George Pell, definindo a situação dos cristãos iraquianos como
desastrosa.
Entre os múltiplos dramas, o purpurado recorda a morte do arcebispo
caldeu de Mossul, Dom Paulos Faraj Rahho, cujo corpo foi encontrado no dia 12 de março
passado, após ter sido seqüestrado, e o assassinato, no mês de junho do ano passado,
do Pe. Ragheed Ganni, junto com três diáconos.
No documento difundido pelo
site /a> e reproduzido pelo SIR _ Serviço
de Informação Religiosa _ o cardeal australiano ressalta também outras feridas dilacerantes,
como a destruição de igrejas e a obrigação para os cristãos de pagar “taxas” para
receber proteção.
Nesse contexto, a fuga do Oriente Médio por parte de muitas
famílias cristãs é outro exemplo de “limpeza étnica” _ acrescenta o arcebispo de Sydney.
A atual tragédia iraquiana _ observa o purpurado _ é a conseqüência de uma guerra
que “não tem justificações morais”. O Iraque de Saddam Hussein “não tinha armas químicas
ilegais e não estava apoiando o terrorismo internacional” _ observa o cardeal no referido
documento.
Após o conflito _ explica ele _ a situação interna do país árabe
se deteriorou também por causa de violências por parte de facções islâmicas. Apesar
disso, os cristãos no Iraque continuam, mesmo assim, oferecendo um forte testemunho
de fé: entre esses, em particular, alguns jovens iraquianos esperam com ânsia participar
do próximo Dia Mundial da Juventude, que se realizará em Sydney, de 15 a 20 de julho
próximo. (RL)