2008-05-06 13:39:42

MORALES REJEITA MEDIAÇÃO DA IGREJA NA CRISE POLÍTICA BOLIVIANA


La Paz, 06 mai (RV) - O governo da Bolívia descartou na segunda-feira a Igreja Católica como mediadora do diálogo político. A oposição no domingo declarou vitória após um referendo que aprovou um estatuto de autonomia no Departamento de Santa Cruz.

A drástica determinação do governo de Evo Morales era prevista por analistas, após o cardeal Julio Terrazas Sandoval, máxima autoridade da hierarquia católica e habitante de Santa Cruz, participar do polêmico referendo, considerado ilegal pelas autoridades nacionais.

O ministro da presidência, Juan Ramón Quintana, declarou em coletiva de imprensa: "O mais alto membro da Igreja Católica se pronunciou politicamente através do apoio explícito à ilegalidade e, por isso, descartou toda possibilidade de se tornar a facilitadora ou mediadora".

O ministro reiterou a posição do governo de minimizar a importância do triunfo eleitoral do movimento autonomista da região mais rica do país e insistiu que, para o governo, são mais importantes os cerca de 50 por cento de votantes que se abstiveram ou votaram "não".

Além de Santa Cruz, outros três Departamentos bolivianos buscam pôr em vigência suas autonomias antes das mudanças constitucionais promovidas por Morales.

A nova Constituição limitaria o poder das regiões sobre a política de distribuição de terras, o que é particularmente sensível para Santa Cruz, onde se concentra a maior parte dos latifúndios do país. (BF)







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