2008-05-05 14:15:27

Caritas portuguesa pede apoios para minorar a crise alimentar


(5/5/2008) A Comissão Permanente da Caritas Portuguesa alertou as autoridades para prepararem programas de apoio a carenciados tendo em conta a crise alimentar mundial que, prevêem, irá causar danos graves no país.
De acordo com a Caritas Portuguesa, em Portugal gasta-se uma "fatia enorme de recursos" a "pagar quase dois terços do que se consome, designadamente, produtos alimentares" pelo que o país está "na linha da frente" daqueles que mais sofrem "com a elevação dos preços internacionais e a escassez dos bens de primeira necessidade no mercado".
"O espectro da fome paira assim sobre a cabeça dos mais necessitados, incluindo de muitos portugueses", com "muita gente a viver abaixo do limiar de pobreza e com esquemas de apoio social muito deficientes", considera a Caritas.
Para tentar "minorar o impacto nefasto desta crise alimentar" a nível mundial, a Comissão Permanente da Caritas Portuguesa reclama aos Governos para que deixem de "apoiar a produção de produtos energéticos a partir de produtos agrícolas" [biocombustíveis] mas também que criem "pacotes especiais" de leis que prevejam o "apoio social para atender aos casos prementes".
No caso português, considera a Caritas, as autoridades devem redobrar os "apoios aos mais carenciados", um esforço que deve ser seguido pela população. Os portugueses devem ainda ser alertados para a sua "responsabilidade na luta contra o desperdício de produtos energéticos e de bens alimentares".


Sobre este assunto, António Guterres, alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, mostrou-se muito preocupado. "A subida do preço dos alimentos, a da energia... faz-sentir sobretudo nos mais pobres".


O ex-primeiro ministro acrescentou que se a comunidade internacional continuar a olhar o Mundo da mesma maneira "não iremos longe".








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